sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Trabalhando Nas Linhas


Acordo com o som do ressoar da fricção das linahs com as rodas. O comboio já partiu.
Levanto-me do meu beliche e ligo o pequeno candeeiro, entre lapsos de luz e escuriddão vejo o meu casaco de ganga azul e o meu chapéu de aprendiz.
Calço as otas e vsto as luvas e preparo-me para a corrida da minha vida.
Abandono a pequena cabine onde dormia e passo pelos montes d eentulho de material para a linha, ouço os ratos a passarem perto de mim, o som incessante das criaturas da noite a vaguearem an escuridão
No entanto, pouco tempo tenho para pensar, preciso de correr atra´s do meu comboio que deixei para trás. O maquinista apático à minha presença parte sem mim, uma tradição já habitual na minha curta estadia como aprendiz.
Enquanto corro sinto o sabor da noite a absorver-me. Estarei assim tão zangado? Será correr atrás deste comboio uma tarefa?
Pois pretendo viver uma vida sem rotina, uma vida em que corra atrás de algo que deseje, sem destino na minha vida mas, sempre a caminhar.
Sou vagabundo do mundo, e a corrida atinge o patamar de metáfora. Não é uma simples corrida para apanhar o comboio no qual trabalho, é a história da minha vida que pareço escrever, o rapaz que foi atrás daquilo que queria.
Correr não é mau. É entusiasmante, pois que memórias teria da vida se me deixasse ficar sentado a um canto, vendo a vida passar pelas janelas da minha casa?
O conceito de casa é bastante amplo, e de momento, a minha casa é o mundo e rpetendo conhecê-lo a fundo.
Salto de braço estendido e agarro-me à pega de metal do vagão, a locomotiva trabalhando cada vez mais apressadamente, o som a cantar uma canção futurista de coordenadas e latitudes, onde o meu coração sintoniza a aventura.
Olho para o céu e vejo a lua cheia, o mar estrelado sobre mim. E eu? Eu agarrado ao comboio a saborear o vento, a liberdade de viver a vida, o sabor do mundo na ponta dos meus dedos.
Não preciso de casa, quando o céu é o meu tecto, e o amanhã está a uma caminhada de distância.

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