segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

The Birth And Death Of The Day


Prende-te no nascer do sol. Nesse calor momentâneo, onde a alma encontra o frio do colchão.
Os olhos levantam-se, reflectindo o brilho madrugador do sol.
Presos por instantes, presos por segundos inquietantes, somos poetas do silêncio. As nossas mãos um quadro triunfante, haverá maior perfeição?
Maior perfeição do que deixar-me pender por estes coebrtores vermelhos, que nos cobrem o corpo? Maior perfeição do que o som do teu coração junto ao meu?
As pontes saiem das nuvens e aplaudem novo amanhecer. A janela aberta solta os gritos da população, os carros começam a sua percussão pelo horizonte, e nós aqui.
Deitados, deixados a saborear o momento, fora de tempo.
O sol nasce, e renasço eu também, apaixonado, enamorado como da primeira vez, quando o dia acabava e o sol se punha.
Megulha então no teu sonho, enquanto te acaricio os lábios. Sou apenas eu, e rendo-me à beleza.
O sol sobe alto no céu, e os teus olhos verdes olhando-o, sou um simples estranho de visita ao teu quarto, suspirando os teus desejos.
Quando o sol chegar ao topo, estarei só com os sonhos mas, até lá, deito-me contigo.
Fecho os olhos e esboço um sorriso.
A poesia nasce na cidade, no som das ruas,e nas alamedas da memória.
O coração bate, forte contra tecido, e sussuro-te ao ouvido:
"És o meu capítulo mais lindo"

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