quarta-feira, 26 de novembro de 2008

?!?

Not knowing where to go
I don't look so worried
The road is irght in front of me
I just need to take a stept at a time

I have no faith In God
or other deities
I believe in the will of my feet
On my soul, and bad luck charm

People stare as me as If I were weird
strange and a misfit
But I can look at myself
They should too look at themselves

I am wandering In life
Daydreaming and barely scrapping by
But I'm drunk on cocktails and dreams
And taht's all I need to slip through

Put me in shame
or on my knees~I'll be in the same place
Words can't break me
And my smile won't fade

And I keep going
not knowing where to
There's not a house
I can call a home
And so I can just walk

I smile to the
innocent children
And wave at the flower lady
Life always has two ways
I won't be the one
to end with dreams unfulfilled

I don't write words
of passions, or acts
of fate
I'm just a dancer
sometimes a juggler
Gambling my life away
At every move I make

And I keep walking
You still accuse me
And I just keep walking
Someday You'll miss me
And I'll just keep walking


The sad feeling of losing even the enemies you used to joke about.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Late Night Tales

Ressoa a harmónica e o teclado groove, enquanto aplico tinta neste papel e é nesse momento que o Jazz se liga a mim, o ritmo primitivo encontra direcção, e à minha volta cedem as paredes e surgem as memórias de Mr. Swahili.
Sua postura descontraída mirando a água iluminada, os olhos fortes penetrando da penumbra e fixando-se em mim, e no meu companheiro de viagem, a sua voz acerca-se de nossos ouvidos.
Erguendo-se, vêem-se na sua cara a real história da terra, a terra a que chama de lar, pois ao contrário de mim, sabe quem é, mesmo que nunca tenha procurado saber.
Na sua boca dançam as palavras dificilmente traduzíveis para dialectos que eu percebo, e inicia-se uma história.
Nascem as memórias que nunca tive, e por momentos sinto que realmente agarrei o sentimento, entrei nessa época, senti em mim os sentimentos de sofrimento dos seus antepassados, as coleiras de metal raspando a pele em carne, o sol queimando os ombros, sinto crescer em mim o orgulho das suas conquistas, através do sangue, lágrimas e esforço de milhares, no caminho que percorreram.
A viagem ao novo mundo, as correntes do coração queimam mais que as de ferro, a saudade que aperta um coração que pertence a outra terra.
E é nestas palavras embalado que desejo ser diferente dos meus próprios antepassados, quero fazer parte apenas deste mundo, um mundo pobre mas, real.
No entanto, sinto-me separado por uma muralha, a de desconhecido, esteriotipizado turista, mas não me deixo afectar pois desejo conhecer as histórias deste povo, as canções e as suas memórias, quero receber nas minhas mãos desejosas, a herança desta terra e criar em mim uma ponte a este mundo.
Pois ao longo deste meu caminho de erros e delitos, queimei pontes com partes do passado e isolei-me numa ilha seca, a sua areia de cinzas, isolei-me de quem fui.
Quero preservar esta memória, quero captar quem sou neste momento, e fazer disso pendente, que me reflicta assim no espelho, e me lembre de que agora sou uma pessoa melhor.
Espero que a melodia desta noite que perdura em mim, não acabe.

The Heart Beats For The Mountain

Atravessa o jipe a terra batida, oferecem resistência as rodas ao chão e conturbada viagem pelo caminho aberto, levando a poeira ao céu.
Milhares de kilometros separam-me do local a que chamo casa mas, neste momento estas montanhas e vastos planaltos são o mais perto que tenho de um sítio que podia chamar de lar.
Passo +pr velhas casas, e povoações isoladas, ouço o som do bater do coração da terra, e nas pessoas vejo a alma de África transparecer.
Os homens aqui não são homens mas, rocha, erva e ar, moldados com a alma da terra, enraízados neste continente, berço da vida humana.
As suas palavras não são língua, são a consciência, a expressão natural da alma, e mesmo não conseguindo comunicar, sinto a sua sinceridade, a essência de um povo, de um continente, sentido nas palavras que não encontro em lado nenhum, as palavras largam termos e tornam-se conceitos, presos em união com o solo por baixo de nós.
E é neste canto do mundo que descubro a simplicidade que nega em mim a complexidade de um ser social, apelidado por outros como normal.
Estou livre de ligações degeneradas e sorrisos decrépitos e cínicos, sinto-me solto do peso do fardo que se entrenha no corpo e envenena a minha consciência.
E vendo a genuinidade num simples sorriso, a alegria num olhar, vendo a verdade nua e sem muralhas envolvendo, sei que o que aqui vejo é real, as estruturas que erguem a minha máscara já ruiram, e nada me resta sem ser eu.
E apoio-me no capot do jipe e vejo a estrada que se estende interminavelmente no horizonte, e abaixo de mim, batem os frenéticos tambores de África, e o ar trazendo a melodia da herança e legado, o ritmo da natureza, finalmente sinto-me em paz.
Olho para tudo e aceito este mundo, os meus braços não se fecham em defesa desta vez, as minhas mãos não se cerram em oposição e deixam o ar deslizar, o mundo tem um caminho directo para o meu coração.
Neste canto do mundo finalmente, começo a descobrir quem sou.

Carta #15 #41

Estou cansado e dorido mas, vivo e com um sorriso, um cansaço que não desaparece mas uma alegria que não perece.
Nunca estarás sozinha, quando penso que todos me querem ver longe de ti e que me és doença apetece-me rir, porque és divina providência.
Esta noite é longa, e o sono parece não se abater mas, sinto a sombra do manto cinzento de Morfeu abater-se sobremim, enquanto tento acabar esta carta.
Mas, de que servem as palavras para te descrever, se um beijo em sinal de respeito, um abraço ou cócegas lembram que não te consigo abandonar, porquê descrever porque és importante, quando amigos e desconhecidos, à muito pediram para esquecer.
A nossa amizade confunde muita gente. Que assim o seja, só quando te deixar de fazer feliz, é que vou ouvir, desistir.
Porque a ti prometi mais do que amizade ou cumplicidade, mais que abraços e lágrimas, mais do que brincadeiras e asneiras.
A ti prometi um sorriso, e a ti prometicuidar, e acima de tudo prometi uma eternidade de amizade.
Porque ser teu amigo é o meu único pedido, único desejo, enquanto descanso a ver-te sorrir.
Dormes feliz, e amanhã ver-te-ei ao acordar, sorte minha, minha honra que demorei a alcançar,


Com amizade

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Pensa, pensa pássaro de corda

Percorro a estrada, de cabeça em frente e deixando o sol quente ainda presente das réstias do Verão, neste nosso Novembro, as minhas mãos brincando com uma moeda nos bolsos, e o passo leve, quase que sem levantando peso do ser.
Por vezes deixamos os sentimentos consumir-nos, embrenhados na nossa triste condição humana, enrolados sempre num novelo que nunca desprendemos.
Caímos, caímos numa espiral de preocupaçãp, de medo, e de ira, fortalecemos os laços e agarramo-nos ao que já ruíu, e é aí no fundo, que perdemos consciência, não a nossa mas, a consciência da nossa vida, pois se por um momento dermos um passo atrás, veremos que só dentro de nós existem estes nós, e estas cordas que enrolamos à volta dos nossos pescoços.
O mundo segue em frente, nós também, por pior que sejam as situações, há sempre uma solução, o mundo continua a rodar, e nós, nós temos que acompanhar o passo.
E portanto não nos devemos preocupar, não por irresponsabilidade mas, porque é irrelevante, não vale a pena suster a respiração e quebrar frente às adversidades, quer queiramos, quer não, tem tudo um fim, e nós, nós continuamos vivos, sempre vivos no fim.


E caminho assim, desfeito dos meus preceitos, apercebo-me que na realidade, ninguém me conhece, ninguém realmente sabe o que penso ou o que sinto, que dores tenho ou não, e não me importo, porque eu sei quem sou.
Sou feliz na minha incompreensão, todos podem ver-me de uma forma ou outra mas, na realidade, ninguém me comnheçe, sim, tenho amigos, mas na verdade ninguem sabe quem eu sou.
Despreocupado nas minhas andanças por este mundo fora, chegarei ao fim, como daqui parti, como sendo eu mesmo, e poderão tentar saber, perceber, ou comentar sobre a minha natureza mas, quem eu sou? Não sei mas, não conheço quem o saiba.
E portanto aproveito o sol, porque o importante não está no conhecimento, está assim em sentir que em mim ainda à uma parte que é feliz, porque na simplicidade se encontra a verdade, e assim, vivo.

It's a wonder to be alive.

Blue Melody

Como o gotejar de uma torneira, as melodias reluzem com cada gota, o seu brilho reflectido no luar que atravessa a janela, as melodias que invadem e que aos poucos se difundem por cada centímetro do meu corpo.
Uma fina conexão de notas que atravessa ruas solitárias, e treme perante a brisa da noite de Inverno, e que no entanto se propaga, alimentando-se de cada pequena luz do céu distante.
Com cada suspiro absorvo o eco dessa melodia, o meu corpo revibra, cada local obscuro do meu ser, num lugar que transcende a minha existência carnal, que lança amarras aos sonhos, e que desponta o meu imaginário, como pequenos fios, tecendo um caminho, uma ponte que junta e une todas as realidades do meu ser.
Descansando o meu corpo cansado numa velha cadeira, deixo a escuridão do quarto me envolver, apenas permitindo que a luz dos candeeiros da rua me beije as faces de momento em momento.
Ao fundo, num lugar não designado, a música surge, pelas ranhuras da porta, pelas brechas da janela, e enamora os meus ouvidos, e aí o ciclo se reepete.
Abdico dos meus olhos para largar o real, deixo o cansaço embebedar a minha mente de porções de sonho e aí cada pequeno compasso, cada história na palavra da melodia, banhado por momentos de pura magia me lava, e assim torna a minha consciência, em algo muito distante de mim, em algo que já não me prende, uma realidade trancada, algures em mim.
E aí deixo-me apenas flutuar, ao som das ondas, do som que me invade, e de olhos fechados e de consciência de eu livre, posso ser tudo, tudo o que neste mundo não sou, as luzes nocturnas e o sonho que me agarra sorrateiramente no meu mais profundo momento de cansaço. E é então que de novo nasci, num mundo diferente, sem lógica, ou emoção inerente, uma valsa nocturna, marcada pelo som, e pelo surreal.
E quando por fim me desprender deste mundo, quando por fim me entregar por completo à noite, deixarei a melodia levar-me, e abrirei os portões do reino de Morfeu.
A melodia, essa, aqui permanecerá muito depois de me entregar, continuará a percorrer as ruas, e os mares, e de novo, na escuridão aparecerá, e levará tantos outros a reinos distantes, que só a noite lhes trará.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Fake Empires

A minha mente electrifica-se, o esquema induzido pelo álcool aos meus nervos torna a minha cabeça em eterno campo de batalha, se pudesse tinha dançado a noite inteira.
Por vezes não há problema que um simples abano de ombros não resolva, que um momento de loucura não me salve, porque é verdade, eu preciso de ser salvo, pela piedade das minhas acções e do meu pensamento, o que me persegue e executa até ás últimas decisões.
A verdade é que não quero pensar, dentro de mim grito por liberdade, uma simplicidade de ser, como se a dor nas vértebras e o peso nos pulsos desaparecesse de um momento para o outro, quero sentir-me vazio e desprovido de todos os pensamentos que tenho e não tenho, dos romances escritos sobre a mínima acção social, de qualquer erro de conduta, quero que voe tudo, como pombos que solte de uma caixa.
Mas, tenho medo. Tenho medo de me perder, de me soltar ser um sinal de fraqueza, porque não quero desistir, não quero abandonar a minah mente, quero vincar-me como cal em quem sou, e não virar as costas mas, o tempo arde nas costas como sol afligindo a minha preserverança.
E quero gritar entre a música, em plenos pulmões tudo o que não disse, os momentos de silêncio, e as minhas acções, o meu remorso, e talvez o meu desejo, quero apenas dizer que a minha mente está a enlouquecer, e quero que tudo desapareça sob a forma de um simples, e sentido suspiro, como água, lavando-me, tornando-me novo, sob um bonito sol outonal.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

What do I Want?


Os dias passam, e cada vez mais sinto o mundo girar à frente dos meus olhos, o sol da minha juventude a pôr-se ans minahs costas, a minha silhueta escondendo os olhos que perscrutam.
Desejo algo mas, não sei qual é esse objecto de minha tamanha procura, não lhe conheço forma, ou aroma, apenas sei que escrevo sobre ele, quando penso que estou a escrever sobre algo, na verdade estou a escrever sobre essa coisa, sobre essa forma de ser, essa identidade, que simplesmente não conheço.
Procuro amor? Poderia dizer que sim ma,s que sei eu realmente sobre o amor, senão minutos de filmes, e uns pormenores que afectaram este mecanismo a que eu apelido de coração, uns apertos, uma sensação estranha mas, tão repentina e retorcida que apenas posso reconhecer que se a sentir de novo provavelmente já não me lembro.
Procuro reconhecimento? Está na minha essência querer ser reconehcido, penso que adoro o anonimato mas, na verdade desejo que a qualquer momento descubram quem eu sou por deaixo da minha máscara, as minhas virtudes e os meus defeitos, quem sou, e o que fiz, para onde vou, e onde estive.
Procuro a estrada mas, não me encontro já nela, cada vez perdendo mais a ideia de lar, e procurando um caminho, nem todas as estradas precisam de apssos, por vezes o espírito já andou milhares de kilómetros nestes devaneios de noites frias de um Outono que entra pelas brechas da minha janela.
Procuro a calma? Provavelmente, a minha alma tal como todas as outras encontra-se num turbilhão de pensamentos e aventuras, nem quando durmo tenho descanço, não há uma real solução apra esta aflição, cada um de nós luta pela calma, a minha aparente calma esconde os mais diveros rios de pensamentos e trovoadas de ideias, posso afirmar que quero calma mas, que daí estou longe.
E quero tudo, e quero ver tudo, o céu estrelado do deserto, o mar infindável da proa de um veleiro, a chuva como cortina dos passeios de uma janela dum quarto antigo, quero a solidão de uma estrada, a felicidade de uma praia, quero um sorriso, e um coração a que chamar meu, quero um sonho, e um objectivo, quero fazer algo que ame, quero sentir-me orgulhoso.
Quero viver.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Taking Pages Out Of A Book

O mundo anda à volta, sempre sem parar, a vontade que um homem não pode mudar mas, o que acontece a quem deu tudo por um passado que das páginas escritas se quer soltar.
Por mais que as promessas sejam ditas e os momentos recordados, a única verdade é que em mim a esperança morreu.
Vivi na desgraça e na alegria, durante dois anos enfrentei tudo o que poderia haver, a raiva de outros olhos e a pressão de mundos diferentes que se deparavam. E ainda me lembro de palavras que me disseste, conselhos sobre o que havia ou não de fazer, lembro-me de me dizeres os meus defeitos, de me lembrares de toda a dor que causaste, e por muito tempo aceitei viver assim, dei-te razão porque ela tinhas, na verdade nunca me considerei muito boa pessoa.
E lembro-me de confiar em mim tudo o que era mas, de viver contigo o que fez de mim quem sou, os dias bons ao sol e as noites passadas com um auscultador no ouvido e a dor no coração.
A verdade é que mesmo que não o queiras admitir, vamo-nos afastar, pretendes algo na vida, um caminho que eu não posso mais seguir, um caminho onde não figuro.
Voltar atrás, e esquecer o passado, retomar uma vida onde tens os amigos antigos e paixões belas, não é algo que possa julgar mas, ao renegares os últimos anos renegas-me a mim.
E a dor começa a desaparecer mas, à coisas que não consigo esquecer, acusaste-me de tanta coisa e no entanto vejo em ti a repetente, nunca cresci mas, eu nunca cedi, não voltei atrás.
E a tua vida vai andando, e perco o papel que tive, torno-me memória e cordialidades não mantém laços, e gostava de um dia começar de novo longe daqui, talvez antes pudessemos ter durado mas, agora separamo-nos nesta encruzilhada.
Minha mais que amada amiga, vais-te embora, não sou eu que te abandono, a ti dei quem sou, e agora fico aqui sozinho com esta foto, enquanto vives a tua vida, agarrado a um suspiro, já ninguém me conhece.
Um dia talvez recordemos, talvez um dia não nos importemos.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Sleeping Aides & Razorblades


Faz quase um ano. Faz quase um ano que parte de mim se dissipou, no ar, no mar, num mundo ao qual não posso retornar.
Uma música antiga lembra-me da chuva na rua, do sol por entre as cortinas vermelhas reluzindo sobre cabelos e invadindo o quarto, lembro-me de ver a ponte, iluminada e imponente cruzando o rio vista por olhos cansados e apaixonados, nunca mais retive esse olhar, nunca mais me senti assim.
Lembro-me das tardes percorridas pelos jardins, de mão dada e sorriso desenhado, alegrias de uma mente que acreditava em eternidade, ou em algo longo, nem essa simpatia guardamos entre nós.
Apenas temos fúria e desprezo, um olhar negro e sujo, dor e simples vazio, não seremos nada para nenhum, porque na verdade nunca fomos.
Lembrar-me deste calor nos braços, de sentir o cheiro ténue do perfume a percorrer o quarto, lembrar-me de subir o elevador, de neste fim-de-semana passado à um ano contigo ter visto um filme e dele me rir.
Lembro-me da plataforma de comboio e daquele último beijo, obliviamente para mim não o sabendo, lembro-me dos meus erros que te afastaram, e lembro-me dos teus que me magoaram.
E um ano depois esqueci-te, na minha mente não és mais que singular memória, uma ténue felicidade ou uma antiga inimizade, uma dor e um amor, e guardo-te, e nunca me lembro, nem nunca esqueço.
Pois passam meses e caminho sem lembrar, sem recordar ou ansiar, e no enatnto por vees só é preciso uma nota de uma canção, ou uma imagem de uma antiga memória, para no meu coração residir a vontade de te querer escutar.
Somos pessoas diferentes, não somos mais quem fomos, crianças apaixonadas, hoje em dia nem amigos somos, lembro-me de ti por vezes e por vezes penso que será de ti.
Pensarás em mim? Não, porque haverias?
Sempre foste mais forte que eu.

Sem Título 4-7/ Entre Sítios Que Não Pisei


Screvo numa folha de papel, procurando quebrar a noite escura que não me parece prender, estou ligado ao céu e não sei quando vou descer.
As luzes em baixo lembram histórias que nunca conhecerei, desejo encontrar uma forma de as chamar, de relatar, porque o meu sonho é contar histórias mas, nem a minha sei contar.
Se fosse vento, estaria nas asas deste avião, levando mensagens, histórias e memórias, um sonho inalcançável de quem apenas quer viver, contar histórias e embalar.
Das minhas mãos cansadas sairão fios de palavras e com elas, embalarei o mundo com a história do povo que a amaou.
Estou no céu mas, sinto-me cansado, não há anjos ou demónios à minha janela, nem há histórias a contar.
À algum tempo que estou neste limbo, demasiado cansado para pensar, demasiado teimoso para me calar.
Deixo os pensamentos fluirem para o papel palavra cansada atrás de palavra, vendo pela janela, um mundo que dorme.
E caminhar em sonhos seria atrefa mais desejada, pois gostava de ligar mundos entre os sonhos e o real, acabar com a dureza e a ilusão do real.
Já é tarde, não faço sentido, apenas digo que de todos quero ser confidente, quero a voz do mundo no meu consciente

sábado, 13 de setembro de 2008

Song For Mr. Dylan

There's a man
Who's travelin' in the wind
He's old voice reachin' me
And drawing me in
Closely tonight

He's got the blues on a sleeve
And some words pourin'
I didnd't know yesterday
But I understand now
Your words make me
Feel like I'm born today

Mr. Dylan don't forget my name
Cuz I don't know how to explain
That my mother's cryin'
My dad's a sighing
There's a thead of home
from you coming in

I don't know much about nothing
but what I Know, is that I'm not really low
Your words opened my new born eyes
Now I can see, And for once I don't feel blind

On the road,
Is a book i've never read
Between Moonshiner and
Blowin In The Wind
I found chapters that
Keroauc seemed to forget

I wrote you this song
And I don't know how
to make you see that
Your journey made my
journey begin
Mr. Dylan you are what amde me
Follow the wind

I'm never goin home
Because there ain't no place I
remember that anme from

I'm a traveller and a vagabomd
A writer they say
But til I find my voice
I'll just quote you then
Mr. Dylan I wish you
Could lend a hand
Because talent is running very thin

As memórias do novo Pássaro de Corda #1

Batem levemente
as asas do pássaro de corda
quebram a solidão
das horas que se fiam na roca

Sentam-se no alpendre
raparigas e serpentes
o sonho escala a casa
tudo se dissolve
ao som do pássaro
que faz passar as horas

Longe vai a noite silenciosa
mais uma que o sonho engole
a vida dorme
e o pássaro toca

A solidão envolve
e a cidade transforma
nú só com o imaginário
a beleza suave de um quadro
a cidade vista de olhos semi-cerrados

Toca o pássaro de corda
E a melodia inovca
uma chave guardada
coração num cofre
em sonho na cidade

O corvo olha e a
bandeira verde esvoaça
o sono apaga a visão
a corda completa a volta
e o pássaro de novo toca

Amanhã é só mais um dia
para o novo pássaro de corda

Tornar uma história em memento

Passa um ano e já nada é como dantes.
Já os sentimentos espaireceram em frustrações, estações inconstantes e sonhos enterrados, o que antes me fazia sorrir apenas queima, a última fagulha de uma fogueira que luta por permanecer viva.
E apenas traz problemas, apenas prolongam as memórias que já sentimentos no seu centro desapareceram, ainda estou apaixonado por coisas que para mim já anda representam.
Caminho pelos mesmos lugares procurando resposta ou sentimenentos, apelo à minha memóra, à sensação e tento relembrar o que me assolou durante este último ano.
E a verdade é que tudo isto desvaneceu, o tempo limpou o meu corpo da dor, a memória das paredes da velha cidade, e agora sinto que perdi um pedaço de mim, uma pétala na flor que é a juventude que floresce.
E é por isso que o tempo passa, é curel o efeito do tempo, que tal como o mar engole a rocha, o tempo engole a memória e o sentimento e tudo o que foi, deixará de ser, o que importou deixa de importar.
Poderei olhar para uma foto, e não mais sentir?
Sinto-me perder à medida que um caminho percorro nesta vida, e olho para a tua cara e sei que me fechei do mundo que criei, quando me chamava arquitecto, e tu caminhante, a porta está fechada nesses teus olhos verdes.
Mas, é importante manter-te, porque não desejo mais derrubar canta ponte que ergui, quero preservar um mememnto, de quando fomos algo, de quando corações batiam em sintonia, e a tua voz fazia sinfonia com as estrelas do meu céu.
E agora cansado, sentado numa velha poltrona a milhares de quilómetros de casa, braços roçando os da cadeira, sinto a imaginação desvanecer, esqueço a cara, os meus ouvidos já não se lemrbam do som da tua voz, os meus lábios já não sabem o teu nome.
Mas, na minha mão firme e desgastada, guardo sempre em papel, que escrevi algures nos recantos de um papel.

"para sempre"

E aí, nunca esquecerei. Não deste sentimento.

Carta A Alguém

Escrevo sem destinatário, a lembrança ou a sentimento, a algo que não tem uma real forma ou uma identidade.
Escrevo +prque me sinto compelido a fazê-lo, escrever histórias que nunca aconteceram, relatos de ideias e momentos que podem nunca ter acontecido.
Dedico esta carta a pseudónimo incógnito, pergunto se alguém um dia a irá receber.
Escrevo com nostalgia na alma e saudade nos dedos, e no entanto não sei do que realmente tenho saudade.
Não é uma época específica, ou alguém concreto, não é uma ideia nem teoria, é só uma sensação perdida no recanto da escuridão que é o meu ser.
Sei que é de algo, talvez de alguém, sei que nesta caixa em forma de coração este sentimento está endereçado.
Falta uma chave para o abrir, para descobrir o que é, e sei que para qual é a chave tenho que saber qual é o sentimento.
E procuraria durante dias e noites, na chuva na penumbra, noites agarrado à escrivaninha procurando desobrir solução.
O grande resultado das minhas pesquisas, a solução que encontrei para a minha questão, é que talvez tu saibas a resposta.
tu que desconheço mas, quando imagino os teus olhos, vejo semblante de fechadura. quando tento saber como bate o teu coração vejo o perfil da caixa, quando penso que existes aí nesse mundo fora, sinto a chave, o nome do sentimento surgir.
Agora procuro todos os dias, na estrada ou no recanto escondido do meu leitor de vinil, tento, continuo, nunca desisto.
Por enquanto não sei quem é, nem como se chama mas, escrevo esta carta destinada a ti, aquela de quem desconheço o nome.
Que sensação é esta perdida em mim?

Esperando resposta,


P.S Downer

domingo, 20 de julho de 2008

Break The Chain Of The Habit

Leio as minhas palavras antigas e suspiro, passei demasiado tempo fechado em poesia adolescente e em sentimentos de ambição e procura, o talento que não parecia verter, a minha própria auto-psicografia.
No entanto olhando o sol de verão e o mar que envolve as rochas sei que não preciso de nada disso, já chega de querer, é preciso viver.
Olho para as palavras gastas, as canetas usadas, e as letras repetidas, e se pudesse lançava tudo ao vento, pois chegou a altura de tirar as correntes do meu coração e alma, está na altura de sair dos recantos escuros da minha mente, e acender uma vela, abrir uma janela e deixar o dia entrar.
Não fui feito para estar fechado em casa, nem para viver preso a um quarto e a um computador, a sentimentos e a almas torturadas.
A eterna procura pela minha felicidade não acabou, ainda está no ínicio mas, percebo agora que não está em pensar nela mas, em vivê-la, viver os amigos, os copos que embatem num brinde, as conversas a meio da noite, os mergulhos na noite com o riso de quem de mim gosta, o riso de uma piada, um encontro de amigos que há muito não se vêem, uma corrida na praia, uma passagem nas ondas, uma viagem na estrada.

Acabou o tempo para pensar, agora é hora de sorrir, sempre fui uma pessoa para se sentir bem, do que suportar a dor, não faz sentido.

Caminho agora na rua, e ouço os pássaros chilrear, há pessoas presas aos seus fantasmas e problemas, na verdade, é tudo tão simples, respirar fundo e dar um passo em frente é tudo o que preciso fazer.
Ainda tenho muito a crescer, no entanto se pensar menos nisso, acredito ser mais feliz.

Ninguém vai soltar o mal em mim, mesmo que tente.

Os Danados(Uma autópsia das mentalidades kafkaeskas e da cultura pop) - Um título pretensioso

Chamam-me Estranho
Apelidam-me de incomum
Sou nem um nem outro
Sou a música no vinil
E o mais egocêntrico


Dizem-me parvo
Acho que dou mais numa de chato
Não gosto de pasuas ou rotinas
Um salto e uma bateria
é a minha perfeita sinestesia
Dá-me energia
Nem que as pernas desistam


Penso demais
E por vezes não pareço fazê-lo
Sou imprevísivel e complicado
Sou um caso à parte
E um disco riscado

Usa-me e engana-me
Saberei mais do que julgas
Sou incompreensivel e inimigo
Mas, sem quem não é meu amigo

Quem sou eu?
Senão quem não sei que sou.
Fixe,Fixe, Fixe.
Chama-me de tudo
Apenas dá-me mérito
E não me chames genérico.

Swimming thru the rythm, flowing thru the darkness

Um mundo vintage, onde o rosa e o negro se misturam à flor da peloe, é um anúncio dos anos 50 a passar no tablier do meu Mustang enquanto acelero nas ruas negras desta cidade a preto e branco.
Os passos sensuais e as luzes negras e brancas de um bar onde a música psicadélica invade, a guitarra aguerrida presa por um sabor de serra que se prolonga e ecoa na arquitectura neo-gótica.
Somos todos párias da sociedade, e no entanto somos todos seres da noite, noctívagos e insómaníacos, o fumo prolonga os nossos pulmões, e os nossos passos de dança lembram o bater do coração.
Não há palavras como o ritmo de uma seis cordas, nem há perfume como o cheiro dos pneus a queimarem o alcatrão, na estrada até ao fim do tempo.
Pego na minha mulher de armas, o cabedal a segunda pele, o rock n roll a sua alma, seremos sempre um, enquanto a lua e a chama continuarem.
E o refrão chega, e o extâse da dança ao limite vai, os passos sedutores ao som da batida, o Quentin Tarantino o nosso guião, na ponta da língua.
E o baixo volta à mesma linha, e rolam os créditos, este é o filme B da noite e da imaginação, do film noir e do vintage, somos acólitos de um estilo, somos senão nós.

Esta é a nossa música, vamos dançar.

Rave On Silent Buzzsaw Guitars

quarta-feira, 9 de julho de 2008

I Can't Stop Dreaming


Os dias prolongam-se e as repetições tornam-se inevitáveis, nunca fui um grande poeta, nem um grande pintor mas, se fosse conseguiria tirar este sonho dos meus olhos e coração e aplicá-lo a esta paisagem, em toques leves do pincél e do óleo pastel, e aí atingiria uma calma imensa.
Mas, não me é possível atingir essa calma, e confiar no que já estou habituado, de viver o rotineiro e o normal, viver a hierarquia do mundo, dfragmento-me só de pensar nisso.
Levanto as mãos e ligo o rádio, em sintonia com as palavras atinjo uma nova verdade, na ponta dos dedos estão as estrelas e na planta dos pés estão as memórias, crio para mim mesmo uma nova vontade, torno-me alguém novo.

O meu único desejo não é ser único ou original, é ser um sonhador, manter em mim o sonho até o meu último suspiro abandonar a minha alma, sonhar com o fantástico e o possível, com o amor e o heroísmo.
Descer aos confins da minha alma, aos segredos e às vitória,s as derrotas e as felicidades, e quando me compreender a mim mesmo, quero agarrar uma caneta, escreverei, e escreverei, e quando souber quem sou, poderei escrever os meus sonhos, poderei usá-los e alterar o mundo real, poderei pôr-lhe assim a minha marca, algo de mim neste mundo.

É esse o meu sonho, o de o mundo que amo, também um dia poder ter sido feito por mim, quero fazer parte dele o máximo que puder, quero ser parte do céu da cidade, da gente dos cafés, das árvores seculares, da onda do mar, quero ser parte do coração dos meus amigos, quero ser o que o meu sonho me diz, quero ser um caminhante, um caminhante deste mundo, seu amante.

Não posso deixar de sonhar, se o fizer, desapareço.

Cherry Blossom Flowers In The Summer



A primeira pétala que cai sobre os caminhos de pedra deste belo jardim, o ritmo da natureza assinalando mais uma época.
Debaixo de uma árvore, olhando o mundo passar, as nuvens brancas que percorrem o céu, a dor e a preocupação de outros dias afasta-se progressivamente, levada no som da brisa, para longe com os dentes de leão.
Caminho sozinho, com a minha música nos ouvidos, dou asas à minha simples mente, perdido no calor do verão, vendo as crianças brincando, a praia onde acorrem as pessoas, e o silêncio do frio e do inverno parecem agora tão distantes.
Sento-me num banco e vejo um casal que se aproxima, também eu fui outrora assim, no entanto chegou ao fim, não tenho remorsos, apenas lembro com um sorriso.

A minha vida agora é como uma cerejeira, cujo mínima intervenção negra pdoeria afectar toda a colheita, mas agora nascema s flores, e entrego-as, o meu sorriso, ás pessoas que mais gosto, neste belo verão, após um inverno tão duro e frio.

Por isso vem deitar-te a meu aldo, no topo destas colinas, acima do restante mundo, ouve-me respirar tal como te vejo sonhar, debaixo da sombra de uma cerejeira, darte-ei estes brincos e viveremos esta atrde de verão, e sorrisos surgirão, de todos os que conhecemos. Vê comigo o mundo, esquece o apssado, os problemas ficarão apra depois, agora descansamos.

E toca a úsica nos meus ouvidos, e sei que chegámos a um fim, um ciclo, uma história, alguns que nunca mais verei, outros que nunca abandonarei, deitado agora aqui, vejo que chegámos a um final, e o verão trará sorrisos e apagará as feridas, haverá um novo começo.

Agora fecho so olhos, começou o verão.


Obrigado a todos, por estes três anos.

5


São cinco os pontos
Os pontos pelo qual se erguem
As minhas pernas e cansados ossos
Que por minha sanidade não se esquecem


Sorrir, pois lava a dor
Traz em quem me rodeia conforto e segurança
Impede-me do futuro ter pavor
Livra-me de medo, e dá-me força
De nunca desistir de ningém nem de mim
Sorrir mesmo que chore
Desde que traga amor a quem eu adore.

Sonhar pois preciso de limar
As arestas negras e duras deste mundo
Sonhar para nunca frio me tornar
Sonhar pois chego ao fundo
De quem sou e serei
Sou sonhador até a morte
O meu último suspiro tirar.


Nunca desistir daquilo que quero
Seja caminhar ou escrever
Os meus objectivos são algo a cumprir
Para crescer, para nunca me perder
Pois para proteger, tenho que viver
E nunca abandonar o caminho que decidi seguir.

Proteger e nunca descansar
Pelo sorriso de quem gosto lutar
Pois nunca será batalha perdida
Uma lágrima evitada
E enquanto meus braços tiverem força
Nunca largarei aquele a quem amigo chamar.

E por fim viver, sorrir face ao perigo
Sonhar com uma vida que irei alcançar
Viver uma vida feliz, pois ser feliz
É um desejo simples mas, díficil de alcançar


E no fundo de tal estrela
Une-se um ponto, formado com este pensamento
uma única mensagem que ressoa por toda a minha pessoa
um único desejo, uma única missão:
Preseverar

Under the Ericeira Sky


Levanto-me da minha preguiça interminante em que havia mergulhado, os meus olhos cansados perscrutamos pinheiros e são iluminados com o reflexo das chamas da fogueira, o ar a pinho e o céu estrelado do campo, isolando-me das preocupações e da dor.
O meu corpo é um composto de cicatrizes e memórias, e é neste eixo do mundo, onde o homem é julgado pelos céus, que o mar me limpa as feridas, o som das ondas a embaterem nas rochas evocando a minha alma.
E ando pela escuridão, sozinho mas, acompanhado pelas estrelas que pintam o céu, protegido pelas memórias de um outra altura, caminho um apsso de cada vez, chamado pelo horizonte, pela luz da noite, e a canção do mar.
Ouvindo o som das ondas, os meus estados estendem-se e nesse momento, creio-me um Deus, um herói da História grega, acreditando poder guardar nos meus braços a lua cheia, guardar o seu brilho na palma das minhas frágeis mãos.
E não fui feito para merecer algo tão bonito, um dia percorrerei o mar, e procurarei Apolo e aí, desfaço-o do seu fardo e deixo todo o céu tombar sobre mim, pois o maior sonho de meu coração é unir terra ao céu, mar às nuvens, pois sou apenas um filho deste mundo.

Dormir sobre as estrelas, puxado pela corrente do mar, a imaginação indica-me o que quero, pena ser um desejo tão distante.

E agora canto a minha música. Um pequeno som quebrando o silêncio, o silêncio do universo que dorme o sonho tranquilo, um sonho que eu partilho, toco-lhe uma música de embalar. Um dia serei eu uma estrela lá em cima? Ou uma gota no mar? Por enquanto, toco só esta harmónica de metal, para os que possam ouvir vejam quem eu realmente sou.

Daylights/Broadlights


Sou de novo caminhante, por mais uma vez na miha vida canso-me da rotina e do lugar comum, farto-me de sucessão e do habitual, do que sei que irá acontecer, e do que esperar, preciso de encontrar a incerteza e a surpresa de um passo arriscado e não pensado, a vida foi feita para cometer loucuras.
E o tempo é tanto e no entanto tão pouco, descanso sobre a fina camada de areia entre uma das partes da ampulheta, sem saber o que fazer, demasiado aborrecido para elucidar mas, no entanto ansioso para me tornar alguém, para crescer, encontrar o conhecimento, ser uma boa pessoa.

Não é isso que todos ambicionam? Apenas desejo um pouco de sinceridade para mim, um pouco de sabedoria, e no entanto qual é o caminho certo a tomar?
Já percorri tantas outras estradas sem saber onde iria chegar, alcançei patamares que antes julgavam impossíveis, mudei sem ninguém o reparar mas, no entanto ainda estou longe de quem ambiciono ser.
E quem é essa pessoa? Não a conheço, pois se assim fosse, facilmente seria para mim emular os seus hábitos, a sua voz, o bater do seu coração, sorriso e espírito.
Quem sou eu? Quem fui, são essas as questões ao qual nunca encontro uma resposta mas, na minha prisão de vidro e areia encontro o conforto, o conforto na escuridão de uma noite, num ciagrro e numa música no meu gira-discos partido, sitno-me pequeno a olhar o céu, o reino e a teia de todas as histórias.

O mundo é só um grande canção, um dia hei-de percebê-la, e por isso caminho, não por feitio ou vontade, por ser o meu destino

terça-feira, 17 de junho de 2008

Secure


Ás evzes é estranho. Os caminhos da vida, sempre tão singulares e estreitos, nunca exactos ams, por vezes similares, continuando o seu ritmo e formando uma história, do qual nós somos o protagonista, e no entanto por mais casos que conheça, por mais que experencie, continuo a ser surpreso, todos os dias.

Não és uma surpresa nova, nem és alguém que surgiu do nada. És uma pessoa que aos poucos foi subindo, criando uma relação, muitas vezes sem nos vermos mas, no entanto estiveste sempre lá, ajudaste-me a deixar de ser estúpido,e ainda hoje evitas que o repita. E és uma verdadeira estrela como te apelido pois, nada te parece abater, e mesmo quando estás triste, tens sempre toda a generosidade do mundo, toda a felicidade, para quem gostas.

E sinto-me integrado ensse grupo, sinto que ao longo do tempo adquiri a tua confiança, que me tornei teu amigo, e gostava de poder partilhar o meu problema contigo mas, infelizmente não posso, nem contigo nem com ninguém mas, ensinaste-me a ser alguém e com so teus conselhos sei que vou ser capaz de superar isto, és uma boa amiga, excepcional.

E gostava de um dia te recompensar, fazer algo que te deixasse realmente feliz, algo que mostrasse que tens feito parte da minha vida durante o último ano, tens sido uma pessoa que me faz sempre sorrir, és uma óptima rapariga, e não quero deixar de te falar, prometo que este é só o ínicio, temos tempo, quase uma vida inteira rapariga, vamos ser amigos por muito tempo.

Por isso continua a sorrir para mim, my blue sky.

Mais uma Brilhante Intermissão

Ás vezes lembro-me que tenho isto aqui.
Este blog tem sido parte da minha vida no último ano, e por isso estou agradecido. Não é uma pessoa ou uma instituição mas, uma espécie de uma pequena faceta que construí à volta de mim, um auto-estrada para quem sou realmente.
Nem sempre feliz, muitas vezes frustrado ou irritado mas, mesmo assim algo meu, algo que me representa mesmo que não tenha nenhum crédito, ou até algum talento, o que importa é que tem sido para mim mais do que um instrumento, mais do que uma simples moda, ou mais do que o vipe que originalmetne era, está aqui catalogado muito do que sou.
Não escrevo há algum tempo, não porque me falte inspriação mas, porque em mim tem vivido a simples vontade de quebrar o ciclo, de deixar de pensar por uns momentos, experenciar o silêncio, e ver o mundo à minha volta. Sentir, por uns instantes.
Foi um Inverno complicado, ajudou-me a conhecer quem sou, e ajudou a crescer, neste momento sou diferente de quem comecei.

Vejo neste blog uma espécie de conversa para comigo mesmo, onde digo e escrevo tudo e naõ esperor esposta, deixo o pensamento dissipar-se no nada, e é melhor assim para mim, pois não intervém nada na minha mente, apenas eu, e eu só participo, pode aprecer egocêntrico, ou sem sentido mas, esta discussão comigo mesmo é realmente frutífera e ajuda-me a reflectir.

A verdade é que parece que me estou a despedir mas, não é nada disso, apenas um pensamento solto entre tantos outros, vá continuando com o programa.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Um pedido de um gato chamado virtude

Ver-te assim deitada sobre uma cama, cara nas almofadas, cantando músicas amargas e versos de tristeza, faz-me sentir mal, pois lembro-me de quando eras feliz.
Sentada a ver televisão, ou simplesmente no computador, sem fazer nada, brinca comigo por favor, este quarto é aborrecido sem ti, deixa o meu pêlo enrolar-se nos teus dedos ou as minhas patas brincar com as tuas pernas, deixa-me apssar com a minha cauda fazer-te rir, sorri para mim como quando eras feliz.
Caminho por todas as divisões procurando algo para te animar, não aguento ver-te mais sozinha, agora dormes mais do que eu, e afundas-te, e só quero que sorrias de novo.
E chama os teus amigos, desde que não tragam cães, vê vídeos que te façam dançar e rir, e relemrba com as tuas amigas a tua infâmcoa, não fiques mais parada.
E quero voltar a ver-te feliz, a saltar contigo, a fugir como quando era eu a assustada e tu a feliz, sorri quando aaprecer pela porta.
E sie que podes voltar a fazê-lo, não precisas de viver no passado, nem precisas de cantar sobre as mágoas passadas, nada disso te vai ajudar.
E leva-me ao parque e brincaremos, eu caçando pássaros, e tu jogando às escondidas, apenas estou farto de te ver assim abandonada.
Sei que consegues se tentares, pois és alegre e serrena, linda mulher, sei que ainda há em ti a paixão de viver.
Percorro a casa, e encontro-te sempre no memso quarto, olho-te pelos meus grandes olhos procurando em ti mudança, apenas te deixas estar parada, melancólica.
E sei que és forte, que és mais que isto, lembro-me de quando anda te punha em baixo e de quando sorrias quando eu brinco parvamente com os teus sapatos, agora stamos só assim parados, e ainda me lembro de como és forte, como quando me seguraste quando em trouxeste pela primeira vez para casa, nos teus braços confortaste-me.
Só te quero ver sorrir

sábado, 17 de maio de 2008

Ghost Stories XIII- Damian Lebacque, The Endless Time


Roubaram-no! Roubaram o tempo ao próprio tempo.
Tiraram-lhe aquilo quem ele é e fugiram na escuridão, perdeu o controlo de si mesmo, perdeu-se.
Pois ele é Damian Lebacque o faroleiro da torre de marfim de Hollow Manor, o décimo terceiro cavalheiro, o irmão mais velho do sonho e da morte, o último fantasma destes capítulos longos, rei dos reinos do tempo, onde ele próprio é o que reina.
A sua barba branca cobrindo as velhas formas enrugadas da sua peloe, olhando o horizonte, calmo, não apressando a sua chegada.
A vista do seu farol, preso acima dos seus relativos, no nevoeiro, ninguém sabe o que os seus olhos poderão ver.
E o que será do mundo de Hollow Manor, o espaço das entidades que foram agora impedidos de desaparecer?
Cada sentimento cresce, quebram a propriedade e descem para a escuridão, e a sua pureza forma a luz, e a luz, o mundp. Criam terra, mares e céus,c riam os mundos e as estrelas, e é aqui que tudo começa.
O berço do mundo é Hollow Manor, pois ao mundo foi aberto o portão da eternidade, quebrando os limites, possibilitando a existência.
A morte e o tempo desceram a este mundo e trouxeram novos limites, deixaram o portão aberto apra todos os outros.
Os cidadãos, os habitantes de Hollow Manor não são homens, nem deuses, roubaram-lhes a identidade, o tempo e a sua morte, eles são agora simplesmente eternos, sentimentos do nosso mundo, e fazem parte dos seus jabitantes.
Damian olha agora o horizonte e vê m novo amanhecer o amanehcer de um novo mundo, o amanhecer da vida.
Hollow Manor permanece na terra de ninguém, o berço da alma, o berço do mundo

Intermissão Parte III


Hoje acordo e vejo o sol que brilha ao longe, o verão parece estar a aproxiamr-se, trazendo consigo esperanças renovadas, e talvez alguma nostalgia.
Na miha varanda vê-se o mundo a prolongar-se, o mistério no final de cada rua que desaparece entre curvas e árvores, e agora estou numa ilha, encarcerado no meu quarto, com um rádio e a minha velha caneta, procurando a saída desta divisão solitária, para a estrada interminável.
E acordei agora mas, os meus olhos já se encontram cansados, passar o dia a sonhar, sonhando com os dias, deixo os segundos passar, tornam-se minutos, horas, grãos de areia demasiado grandes para passar na ampulheta, o meu dia ainda vai cedo mas, parece que já vivi uma semana.
Por esta janela vejo um mundo lá fora, vivo e sempre em movimento, e pergunto-me se alguém se sente assim como eu, preso. Pois sou egoísta ao ponto de me considerar original, ou incrivelmente único, incapaz de pensar na capacidade das outras pessoas em longas reflexões, na volta sou eu, que com estas palavras estou numa rotina, talvez seja apenas mais um, talvez exista um destino e eu seja um vencido da vida.
Os meus dias já não são brilhantes ou simplesmente bonitos, são agora uma repetição, um dejá vu que perdura por semanas, com quem estou não me sinto feliz, e com quem gostaria de estar não posso.
E apaixonar-me já não é algo que planeie, pois a chama ainda está fraca, e vendo todas as caras no meu mundo, todas os sorrisos e olhos penetrantes, não há nem um que me penetre a alma, ninguém que fite com os olhos mais escuros.
Sento-me ensta cadeira e vejo o clima mudar, a chuva que se volta a aproximar, o Inverno que amotu a Primavera, e escrevo, porque é o meu escape de tudo isto que me prende, o meu escape de todas as certezas que conquistei

domingo, 11 de maio de 2008

Just Another Portrait


São vários os momentos que me percorrem o pensamento neste momento. No meu bolso estão as chaves de uma casa no qual não me apetece entrar, na mão o bilhete de um autocaro que deveria apanhar mas, a verdade é que a única coisa que realmente importa neste momento é que estou aqui.
Debaixo do sol, a brisa Primaveril trespassa a floresta e leva o cheiro de eucaliptos aos habitantes da vila, caminho pelas ruas estreitas e perco-me nas esquinas, incoscientemente e despreocupado, conversando e deixando o coração e o céu entrarem em sintonia, evitando a chuva por algumas horas, trazendo a luz à minha tarde.
Que maior perfeição pode haver senão estar perdido em montanhas e ruínas, o sol a bater no vidro de um autocarro ou na cara, o som de pessoas a caminahr alegremente, a voz da minha melhor amiga, e estar assim, feliz, não ambicionar nada na vida senão estar feliz como assim, esquecer o que passou e o que vai passar, o mundo hoje não vai consumir o nosso espírito vai sim trazer, de novo, a luz de um Verão que se aproxima.
E agora sentado nesta cadeira, vendo a cidade dormir olho e imagino que tenham inveja, pois estive no topo do mundo, e se morrer neste dia terei sido feliz, neste mundo, quantos conseguem afirmar tamanha coisa.
A luz dos candeeiros tenta competir com a das estrelas mas, nem tão bela, nem tão pura, a luz do sol tentou competir com a luz dela, nem tão bela, nem tão pura, as verdades são subjectivas e eu prefiro a minha perspectiva, que o mundo pode nunca vir a ter ams, ue eu prefiro ser assim, faz-me mais feliz.
E caminhando nestes passeios, junto aos muros húmidos, olhando os verdejantes montes, vejo que pedir da vida tudo não me tarz anda mas, estar assim traz o necessário, a calma de espírito que preciso.
E ela não me vai salvar, não é preciso. Já o fez, porque cada segundo com ela faz-me sentir vivo, como uma canção de verão, como o vôo de uma gaivota sobre o infinito mar , e um dia serei o mar e ela será a Lua, e iluminará a minha vida, enquanto viajo pelo mundo.
Mas, por enquanto contento-me com este autocarro, esta terra bonita, nas copas das árvores tapando o caminho, o sol reflectindo nas janelas, as nossas vozes cantando as músicas da nossa geração, e ela roubando as minhas palavras, e eu dando-lhe as minhas, e percorremos a estrada em direcção ao mundo, pois onde vamos nos segundos entre semanas, não é mundo mas, sim um sonho, que nunca imaginei que ousaria sonhar.

sábado, 10 de maio de 2008

The Strange Gardens & The Sweet Eyes, My Horizon


Quem afirmou que um horizonte tem que ser algo físico? O mundo não é o simples território dos olhos, as formas e texturas não são as regras que regem o mundo, e o horizonte não é só uma linha, é um desejo, uma vontade cujo significado pro´vem dos confins do meu espírito.
E a minha escada em espiral não é tão negra nem tão insegura como a dos secretos jardins. Encontra-se iluminado, e no chão não está uma estrela mas, sim um sol, pois é o reflexo de quem se vê, sou o reflexo do meu sol, a minha melhor amiga, aquela de sorriso mágico e palavras doces.
Quem julga é o mundo que nos rodeia mas, estando com ela isolado numa ilha ou numa serra, sinto-me em paz, como se o resto fosse apenas vagas memórias de um longo sonho, esqueci o julgamento, se adorar uma mulher sem a querer beijar é um crime, então irei ser condenado, pois as minhas intenções são únicamente as que se vêem.
Estamos agora no topo da torre, o nosso eixo do mundo, e vendo o horizonte na serra, com o meu sol a meu lado apenas desejo roubar a ampulheta ao tempo e fazer isto durar mais, pois a ponte até ao Verão ainda é longa, e a luz escasseia, e não quero que isto acabe, não quero voltar à fria rotina.
Sentados no vazio autocarro, vendo o mundo passar, absorvido nas suas tarefas, sinto-me pela primeira vez desperto. A felicidade que me desperta, que me faz ver o mundo como um lugar belo, tudo graças ao sorriso dela, da minha melhor amiga, daquela que nunca me deixou e que nunca irá. Mesmo que sonhe, nunca conseguirei estar tão vivo como nesta tarde, o meu coração na montanha, numa gruta, num jardim, ou num lago. O meu sorriso numa ponte, à espera que eu chegue e o abraçe, guardo em mim esse calor, essa magia, o sol que é uma pessoa, maior que os Deuses de pedra, mais misteriiosa que os poços do inferno, mais linda que qualquer flor que colha para ela.
Não a amo, apenas sou o irmão dela, e ela é a minha irmã, as minhas tardes de verão, a única constante do meu coração.

domingo, 4 de maio de 2008

Moonshiner ou Viagem Pelo Mundo Rural


Anda o vagão ruidosamente sobre a pista, e os campos de searas estendem-se ao meu lado, dançando com o vento, um mar verde que a terra criou.
E olho para as árvores do meu canto escondido dentro do vagão, e vejo as largas copas onde na Primavera os amantes se vão enconstar, onde na infãncia as crianças vão brincar, e no Outono os homens vão colher os frutos, o ciclo da vida, a tradição numa aldeia, onde as histórias se repetem mas, são sempre diferentes.
Vejo uma igreja rural no topo da colina e ouço o sino badalar assinalando as horas que havia perdido noção, pois no meu caminho para lado nenhum não preciso de tempo para lá chegar.
Quantos Outonos passarão, quantos regressos e quantas partidas nesta pequena aldeia, quantas crianças nascidas, e quantos anciões que perecem? E no entanto o ciclo continua, as vidas, os corações e os sorrisos, um ciclo cnstante, uma balada nostálgica e contínua que ressoa nos alicerces da vila.
Deixo os meus pés na ponta do vagão para sentir o vento a cruzar-me e olho para as estrelas que me velam durante o sono. Muitos anos irão passar, muitas histórias e desventuras, amroes e perdas, e elas vão lá continuar, testemunhas da minha vida, testemunhas do que eu fui.
Irão ver-me crescer, largar-me à estrada, apaixonar-me, ter uma família, abraçar o meu primeiro filho nos braços e beijar-lhe o cabelo, irão ver-me a mim eterno viajante (nem que seja da mente) a envelhecer ao lado da mais bela mulher, que o tempo vai envelehcendo mas, a paixão nunca decrescendo, irão ver os meus netos, e serão a constante da minha vida, o meu diário.
E quando morrer, quando o último suspiro sair de mim, e quando o quente lençol da morte me envolver, elas vão continuar lá, a testemunhar a vida de todos depois de mim, e no entanto onde estarei eu? Sou demasiado inquieto para o solo debaixo de mim. Estarei a subir as estrelas, um caminho igual a todos na minha vida, e não estarei triste, estarei apaixonado, pois todos os que perdi vão lá estar, todas as histórias e memórias, todas neste céu estrelado.

sábado, 3 de maio de 2008

Love Reign O'er Me


Caminhando sozinho na praia, a madrugada que sobe alto no céu pintado de azul, cinzento e amarelo, o sabor da maresia mistura-se com o sono e com o orvalho e a paisagem quase se torna misteriosa, bonita, perfeita.
Olho para as gaivotas que cruzam os céus e penso em como desejo ter asas, ser uma delas, voar sobre o mar sem destino, percorrendo o território que sempre será o mundo incógnito e nunca controlado pelo Homem, um cemitério de navios e homens mas, ao mesmo tempo a residência silenciosa de vidas, e a inspiração de tantos escritores ou simples homens, eu um deles.
E que me atrai a esta areia, vez e vez sem conta. Já há muito enviei uma garrafa ao mar com a minha carta de amor, e até agora nenhuma resposta me trouxe mas, mesmo assim não o deixo de amar, as suas ondas, e o som da sua voz, as suas histórias e as portas que com suas chaves abre na minha imaginação.
Sei que o talento na escrita é algo que em falta mas, se por momentos conseguir retratar o espírito indomável do mar, que acompanha o bater do meu coração, o som das ondas que me percorre, talvez aí consiga morrer com um significado, pois quero ser filho do mar.
Quero sobrevoar e nadar nele, entregar-me a cada cova e cada oceano, cada onda, quero empunhar o estandarte e mostrar que sou filho da água.
E não é só o amor ao mar que me percorre, nesta amdrugada, estou a caminahr sozinho, deixando um rasto para trás, ao longe o farol e as casas, à minha frente o desconhecido que simplesmente nunca me interroguei sobre conhecer, tudo atrás daquela parede de rochas, e vejo a cidade ao meu lado, e o mar do outro, estou assim cruzado entre dois amores, o mar que me ouve e percebe, e a cidade e a estrada que me querem levar longe no sonho.
E a madrugada chega ao fim, e o sol nasce, os pescadores lançam as redes e vão em viagem, eu encosto-me a um canto e vejo os outros amantes do mar, e penso que o meu amor ao mar vem de amar alguém.
Enquanto não encontrar alguém que me faça ecoar as ondas, amarei sempre o mar, danço nesta manhã esperando a minha sereia, esquecendo o passado, não lembrando o futuro, não vivendo o presente, apenas dançando entre mar e cidade, entre o sal e o asfalto, entre as amarras e as escadas, entre o meu amor perdido em forma de cidade, e o amor da minha vida, algures entre as ondas e o ecoar da rebentação, o lembrar do lar, que um coração me possa trazer.

Spider's Blues


E cá está mais uma entrada numa inalterada, talvez mesmo ínutil registadora dos meus mais variados pensamentos.
Olho do telhado do edíficio para a serra à minha frente, algures há ainda um mistério no mundo que permanece por descobrir, e enquanto existir acho que resta espaço no meu coração para sonhar.
E eu gosto de ser assim, sonhador (ou muito convencidamente penso eu) mesmo que o mundo exija de mim mais seriedade ou uma cara mais dura, os punhos semi-cerrados e os dedos gretados do esforço, e pareço não aprender, ou simplesmente não quero ouvir, porque se deixar de sonhar que me resta mais na vida senão um dia a seguir?
Aí é que reside a graça do futuro, usar o passado, apostar no presente e tentar adivinhar o futuro, tal como no ecrã a cinco euros, o mundo é a maior casa de apostas que se conhece.
Sento-me a olhar o céu e vejo que não há estrelas hoje, não há recordações. Não só minhas. Não há recordações das estrelas que já se apagaram, das supernovas e estrelas vermelhas que o universo fez perecer, e agora estou só eu, e os meus amigos num carro, e olho para longe, gostava de ser alguém mas, começo a pensar que fui feito para me desiludir.
E não gosto de ter pensamentos negativos, quando o ar da serra me faz sentir em paz, não gosto de parecer triste quando a luz dos candeeiros espelham em meus olhos cansados, não gosto de parecer mal quando a estrada se desenrola à minha frente.
Levanto-me vagarosamente do meu banco no carro, cabeça firme na janela e penso que talvez o amanhã não seja assim tão mau.
Quero conhecer a minha alma gémea? Talvez amanhã. Quero sentir a àgua do mar nos meus pés e o ar a passar-me nos cabelos numa praia abandonada? Talvez amanhã. Quero viajar, perder-me? Talvez amanhã.
Porque ninguém sabe o que o amanhã traz, ninguém sabe quais as apostas ganhas ou as perdidas, e é nessa ignorância, nesse momento em que não resta nada a afzer senão esperar, que posso simplesmente existir, nesse segundo entre a causa e a consequência, sou Eu. Imperfeito, expectante mas, eu.

Amanhã é só mais um dia.
Um dia para sonhar.
Um dia para viver.
Um dia apra gritar.
Um dia para valorizar.
Amo a vida.
Nenhuma memória será perdida.

E agora olho os meus amigos e esboço um sorriso, se não estivesse tão cansado poderia intervir em diálogos, conevrsas e brincadeiras mas, agora sinto-me simplesmente preparado apra me entregar a Morfeu, meu maior amigo, meu arquitecto e Deus, e ouço o ecoar do mundo a dizer boa-noite. As rodas do carro a atravessar a estrada que é minha amiga, os candeeiros a desaparecer, as vozes a atenuar o silêncio, e naqueles instantes entre a porta e a minha cama, por entre a persiana vejo a rua, que se prepara para adormecer, um quadro fixo, sinto o vento no meu cabelo, e quase ao longe, sinto as ondas ecoar.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Um Passeio pt 2

Silêncio que se abate na rua à medida que a noite avança. As estrelas que brilham rivalizam os candeeiros de rua para ver quem ilumina mais, o vento rasga o ar e entrenha-se nas aberturas do meu casaco, o cachecol que me envolve aquece mas, no fundo é tudo aparente.
Aparente porque nada me pode aquecer, cheguei a tamanho estado em que me vejo na rua sozinho, sem casa para ir, farto de dormir no soalho de estranhos, de vaguear pelas ruas, estou farto de caminhar por ruas e vilas, e no entanto cansado apenas da rotina de viajar, pois um novo capítulo e uma aventura poderiam ser aprazíveis.
Desço a rua principal, e só assim consigo aperceber-me do quão longe vai a noite, pois nem os abrigos para os homens mais sombrios se encontram abertos, não há portas abertas para o calor de tabernas, apena so silêncio e portas fechadas.
E estou eu aqui, sem transporte ou destino, apenas andando, vendo as janelas embaçiadas e de longe apreciar os interiores de relojoarias e carpintarias, todos os instrumentos num silêncio e paz imperturbável, um quadro surrealista à espera de ser pintado.
E começa a doer o meu coração, nem o frio apaga a chama da saudade, nem o vento me limpa os olhos sempre marejados. E o que me resta? Sou uma sombra, vivo quando todo o mundo dorme, e desapareço ao raiar da manhã, nem ladrão ou bêbado me acompanha, em meus olhos se vê a solidão, e como cheguei aqui.
Lembro-me de ser criança e andar alegremente, do calor dos seios da minha mãe, da segurança do braço forte do meu pai, e o amanhã, era uma visão gentil, agora é mais um passo do martírio que é a vida.
E sento-me agora encostado a um candeeiro, as casas que me circundam parecem abandonadas, e agora té na minha mente ouço o bater fraco do meu coração, sinto saudade, e saudade me impede de viver, cada suspiro mais díficil, cada gesto mais pesado, respirar de alma quebrada é para mim uma tarefa impossível.
E o vento é tão forte nesta hora, que me obriga a cerrar os olhos, os pés já nem os sinto, enterrados algures na neve, e as minhas mãos gastas como se fosse obreiro, mas, única obra que fiz foi a maneira com que destrui tudo de que bom em mim havia.
A família? Desapareceu, morreu ou esqueceu. Amigos? Afastei-os na minha vontade de mudar, de me tornar adulto, O meu amor? Deixei-o ir embora, julgando ser eu o pilar da minha vida.
E que tenho agora senão o amor do fundo de uma garrafa, e o sabor amargo do meu cachimbo, os meus ouvidos já não ouvem, porque já nem Deus me canta canções de embalar, sou um simples desterrado do paraíso, nem anjos caídos me abrigam.
E a barba que tenho cobre a minha face, deixo de saber quem sou, o tempo desfigurou-me, e agora que penso nem nome tenho, o brilho dos meus olhos afunda-se agora nestas cavidades duras e desaparecem, isentos de vida e amor, apenas contendo a apatia.
E o coração bate mais devagar, e a minha mão repousa sobre o meu peito, procuro um relógio, que representava tudo o que me ligava ao passado mas, a névoa do álcool esquece-me que vendi pelo preço de uma garrafa do uísque mais barato, e cá estou eu passeando à neve, sem nenhum sentido, a vida quebrou-me.
E no meu bolso está um papel, uma carta que escrevi aos meus pais, no verso da que eles me escreveram antes de vir para estas paragens pois não tenho dinheiro para papel, e caneta, essa roubei, apalpo a folha amachucada o mais forte que consigo, contorço-a nos meus dedos e sinto as dobras a tocarem-me na palma da mão, as memórias apertam, a saudade contorce, e meu pulso agarra a carta que nunca enviarei, sinto o choro na minha cabeça mas, não o ouço, sei como soa, a voz cavernosa com pouco so saindo entre a barba longa.
E os meus olhos ficam marejados de novo enquanto se levanta o nevão d enovo, um passeio que acaba. Uma jornada imperfeita, para um caminhante de Deus esquecido, o sonho perdido e olho do outro lado e vejo um vulto.
De cartola bem alta, e fato à medida, os olhos verdes brilhantes, o pulso em minha direcção, o sorriso enigmático, é então o Diabo que na minha miséria me socorre, uma fuga fácil.
Cuspo no chão e atiro-lhe a garrafa. Dpeois fecho os olhos e toco na minha face, não há barba nem surdez, não há nevão. Continuo o passeio pela rua abaixo, olhando para o que me rodeia, vejo o céu e sinto os sonhos, e agora me apercebo do que esta noite significa, este passeio, corro para casa e telefono a um amigo, a carta, essa irá para o correio amanhã.
Adio o meu encontro com o cavalheiro para muito depois. Aproveito aquilo que tenho, e quem sou, sei que se desistir, não haverá redenção. Quem me espera no fim de uma desistência não é a luz mas, sim a escuridão.
Sempre fui amante da luz.

domingo, 20 de abril de 2008

It's not the dining dead, it's the dying banquet

E virão dias de primavera
Brisas e solarengos dias
Mas, algo parece falatr em nossas vidas
Algo que nem o melhor sorriso conserta

Vejo pois no meu caminho
Que não existe nem puro nem real
Em todos os corações vejo réstia do mal
Acho pois que devo andar sozinho

Uns utilizam
Outros nem se lembram
Por vezes alguns humilham
E no fim não tenho nada
Apenas alguns sorrisos
De quem julgava ser meus amigos

Mas, somos todos egoístas
Não há excepção
Todos me falham o coração
De que vale sorrir
Quando na verdade quero fugir?

Dança de decadência
Enquanto há insistência
Por parte de outros que acusam
Mas, são também eles o que nos culpam

Riem-se e dizem
Que não nos devemos apaixonar tanto
Se ler mensagens vejo
Que são hipócritas presos ao desejo

Na minha efemeridade no amor
Está pelo menos a honestidade
Falta isso a todos os outros
Que não conseguem dizer a verdade

E aquele sorriso
Perfeito e bonito
Que parece que vai durar
Mas, na rua dizem que me ando a enganar

Que me utiliza e faz de mim presa
Que me educa e me torna seu vassalo
Mas, gostava de pôr fim a esta incerteza
Embora o resultado me pudesse deixar arrasado

E enganad sou também
Por quem supostamente me quer bem
Amigos supostos enamorados
Acredito neles e habilito-me a ser defraudado
Neste mundo louco, já a verdade ninguém tem

E venham com moralismos
Venham com falsos sorrisos
E histórias onde sou culpado
No entanto sei que enquanto vivem
Nesta infantilidade de vida
Eu vou estar longe e acorado

Vejo a luz ténue no bar
E discutem-se relações e amores
Apenas penso como estou farto disto
Destas histórias que vão acabar mal
Pois todos querem ficar por cima
Nada de se preocupar com quem tem a queda final

É um jogo que jurei nunca joagr
é uma dança que nunca quis dançar
Todos pensma que isto é vida
Mas, para mim é uma ironia
Perco a vida neste tabuleiro
Onde luto para ser eu e verdadeiro

Quem me engana?
Quem me humilha?
Quem me esquece?
Quem me utiliza?

Não sei, deixei de pensar
Não me preocupo, deixei de amar
Agora em frente quero andar
Encontrar algo que possa chamar de verdadeiro
Algures debaixo deste luar


Eduardo Simões " A Ode do Eremita"

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Let It Happen

Somos todos abstarctos, pensamentos que escrevemos não são sensações que vivemos, fingimentos são totais, e nunca saberemos ser reais.

Pois se me vir posso-me assutar, se te vires podes amedrontar.
E vem com moralismos, quando no final ficas sozinho por tua ignoância e teus olhos vendados.
Levo tudo com um sorriso, e isso cai mal por vezes em meus amigos, mas de que vale um momento sofrido, se tudo passa é efémero neste mundo perdido?

E cantam as ondas, e dançam os aprdais, e nasço eu mais uma vez, crio peça e visto traje, sou actor e comediante, todos somos, alguns mais perfeitos que os outros, os verdadeiros são os que acabam desfeitos.

E isto não é escrita, ou felicidade, é apenas factos da minha cabeça projectados, que desejo eu, senão tardes junto ao mar, descansado?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Who Would Understand A Turtle


Foi tudo feito para ser poesia. Tudo no mundo, desde que seja visto por tua perspectiva distorcida, será poesia.

Vou desconfortável no banco de trás. As colinas e as horas, as árvores e os segundos, tudo se mistura com o sono, perde-se noção das coisas. Cinco horas passam a parecer cinco minutos e dez minutos dez horas. Uma viagem longa sem nada para afzer, sem nada em que pensar.

Poderia abrir a boca mas, não há nada d enovo a acrescentar.

É a névoa rosa que rasga os céus, recortando as colinas e fazendo a pintura, o asfalto e as casas típicamente tão brancas cobrindo o forte e fresco riacho por trás, alimentando o moínho que funciona num mecanismo incessante, e é toda uma complexidade, todo um estratagema ou um desafio, este de ser mundo tão grande, e querer conhecer cada canto. Um jogo de Atenas entre meu coração e meu jogo.
E estou sentado, algo no fundo, vozes, risos ou simples respirares, luzes ou reflexos, um pouco de passos e de vultos mas, nada que realmente me faça pensar, e vejo.
Vejo a rapariga de cabelos louros a passar, de folhas na mão. O casal idoso de rugas na cara e marcas da enxada na mão velha mas, dura e rija, os olhos das crianças, e a beleza primaveril das mulheres.

Tudo isto visto do observatório. Da caixa em movimento.

Sou eles, sou a sua história, eles são a minha. E encosto-me cansado de pensar, ou talvez demasiado cansado para só estar acordado, vejo tudo e tudo me vê, este sou eu, atrás do vidro, sempre eu, não há nada de diferente.

é o som do carro
a passar por estradas muitas
e no céu as nuvens fazem curvas
E serão as nossas vozes surdas?
Porque pedi o céu e o horizonte
Até agora a gravidade ainda me prende
não vai um dia a alma dizer que se rende
Acorda-me e faz-me entender
Que este mundo do meu coração não se pode perder

180 Degrees in All The Mirrors

Toda a gente espera que eu escreva. Pensam ser parte de mim. Talvez seja mas, o que importa é que o que eu tenho a dizer, não é obrigado a estar aqui. Esta coisa dos blogs começa a ser uma instituição do qual realmente não me apetece fazer parte.


É como dizem: Está na moda não estar na moda.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Macy's Day Parade


Estar junto a uma queda, que tamanha questão. Estar junto de uma queda, de um lugar de onde viemos e muitas mais vezes poderemos voltar.
Já não sei bem quem sou. Todos os aspectos da minha pessoa, características ou pertences estão à muito esquecidos, estou agora numa bifurcação, à espera de algum lugar ou de um caminho.

Realmente, não sei bem.

E todos serão juízes, e psicanalistas. Todos lerão as palavras e tentarão explicar, olhares julgadores, ou simples comentários, criticando as minahs opções (ou a falta de), e que posso eu dizer, senão que é um verbo contínuo. Não escolhi, nem hei-de escolher, simplesmente tenho sido. Sido quem?

Realmente, não sei bem.

É nestas alturas, em que somos realmentes todos perfeitos. No segundo em que vamos a adormecer, cabeça na almofada, nesse instante sabemos que estamos sozinhos, pela primeira vez honestos a nós mesmos, e se nem aí estamos em descanso, aí saberemos que caímos.
E faz-me confusão a conotação tão grave destas palavras, pretendo uma escrita isenta de dramatismos ou negativismos, isto é só uma reflexão.
E comentam agora todos, tentando perceber-me, tentando perceber este texto, e simplesmente digo para não tentarem, simplesmente nunca hão-de perceber. Que diz este texto?

Realmente, não sei bem.

domingo, 9 de março de 2008

Prospice

Fear death? -- to feel the fog in my throat,
The mist in my face,
When the snows begin, and the blasts denote
I am nearing the place,
The power of the night, the press of the storm,
The post of the foe;
Where he stands, the Arch Fear in a visible form,
Yet the strong man must go:
For the journey is done and the summit attained,
And the barriers fall.
Tho' a battle's to fight ere the guerdon be gained,
The reward of it all.
I was ever a fighter, so -- one fight more,
The best and the last!
I would hate that death bandaged my eyes, and forebore,
And bade me creep past.
No! let me taste the whole of it, fare like my peers
The heroes of old,
Bear the brunt, in a minute pay glad life's arrears
Of pain, darkness and cold.
For sudden the worst turns the best to the brave,
The black minute's at end,
And the elements' rage, the friend-voices that rave,
Shall dwindle, shall blend,
Shall change, shall become first a peace out of pain,
Then a light, then thy breast,
O thou soul of my soul! I shall clasp thee again,
And with God be the rest.

Robert Browning

Simples e automático

Ah como é doce caminhar pelo granito frio, como é doce descansar sob as bancadas do campo da nossa cidade. Como é importante ser feliz. Como é tão óbvio que haverei de ficar só. Eu e as memórias, das alturas em que soube amar.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

The Only Moment We Were Alone


As persianas levemente abertas, os raios de luz dos candeeiros de rua diminutos que entram pelo quarto, iluminando a parede azul.
O som dos carros na rua, passando por poças de água e a chuva que não pára de cair, os lençõis dobrados e enrugados espalahdos pelo quarto.
Enquanto dorme todo o bairro, encontro a vida pelo silêncio, pelo simples olhar, pelo simples toque.
E o mundo parou, pára pelo meos hoje, pelo menos para nós, temos esse direito, não nos podemos dar ao direito de quebrar este momento, assim foi o destino que o quis, temos que aceitar quem somos, como somos, neste momento.
Sorris, e eu também, passo a mão pelo teu pescoço e lembro-me de cada detalhe para nunca mais esquecer, apenas preciso de pensar em ti, para me alegrar. E cá estou eu solto, verdadeiro, sem anda a temer, sem nada a esconder.
E deitado no chão, deitado contra o soalho frio, sinto o bater do meu coração, sinto a verdadeira sensação, o verdadeiro momento, o simples sabor da vida, contigo ao meu lado.
E não preciso de palavras para expressar o momento, não preciso de pensamentos para justificar acções, tudo o que acontece aconetcue, estava planeado e assim foi, e assim se repete, e assim fica, uma mais memória vivida, que perdura na memória, onde poderei sempre encontrá-la.

E mantenho-me quieto, e manténs-te quieta, por um segundo somos importantes, por um segundo o mundo fica do outro lado da janela.

O silêncio. Como é bonito. Recito-te a melhor poesia quando estamos calados.
Esperas por mim na plataforma do comboio.
O teu cabelo negro a esvoaçar com o vento, as tuas sardas a contrastarem com a pele branca, o teu lenço verde que voa no ar e perde-se, e não reparas.
Olho para ti aquando a minha saída e sorris fragilmente para mim.
- Ficaste muito tempo à espera?
- Não.
- A sério?
- Sim.
Mesmo duvidando continuamos a caminhar pela estrada acima, apertas o meu braço procuranndo alguma convicção que já nem tens na tua pessoa, pareces distante, pareces outra pessoa. Os teus passos leves, a chuva que caía, o teu cabelo molhado, e o teu ar sério, inquisitivo e perdido no mundo, um olhar que nunca cheguei a perceber.
- Está a chover.
- Eu sei.
- É deprimente, especialmente estando eu tão feliz.
- A chuva não tem sentimentos, não sei porque tem a mania de dar sentimentos às coisas que não os tem.
Calo-me e sorrio, não preciso de pensar nisso netse momento. Agora estou contigo, e estamos juntos, enquanto isto durar, nunca haverá chuva na minha vida.
Caminhamos solitáriamente pelo Chiado abaixo.
- Tive 16 a História.
- Parabéns.
- Não foi nada.
- Está bem.
Revalidas o teu amor com um aperto no meu braço. Mas, não preciso que tenhas pena de mim, não quero que seja assim, continuamos a andar, a chuva continua a cair.
Subimos a uma escada da igreja e dás-me uma festa na cara, os teus olhos já não são verdes, são de uma cor que não consigo distinguir.
Já não sou quem era, pois agora apra ti, pareço igual a todos os outros, valores de intelectual com os seus autores e as mesmas inseguranças e opiniões.
- Gostas de mim?
- Gosto
- Ainda bem.
Ficamos lá um pouco, já não somos quem éramos quando começámos, nem somos quando acabámos, continuámos a andar, eu sorrindo, e tu olhando para o lado, decidimos andar um pouco.

Let Me Help You Helping Me



Estou aqui para te apoiar.
Olho-te nos olhos, olhar do outro lado da rua, sem nunca pensar realmente em algo a dizer, não preciso de saber o que dizer, apenas preciso de dizer. Criador de pontes, meu nome será.
Preciso de me ligar, criar laços entre coração, olhos, coração. Preciso que me digas o que te pesa na consciência, que pensamentos te fazem doer a cabeça, e aqueles que te incomodam, os que fazem deixar as lágrimas.
E não sou o mais belo dos cavaleiros andantes. As minhas calças estão rotas, os meus bolsos vazios, a minha pele envenenada e a minha barba por fazer, mais uns meses e pareço um vagabundo, portanto a grande questão será se sou digno de confiança.
Muitos dirão que não, não os posso culpar, falhei a muitos, e a muitos outros falharei ma,s por enquanto preciso disto, deste momento em que posso fazer a diferença ou pelo menos ser honesto, deixar-me largar e falar, comunicar, tentar melhorar.
Já tive complexo de herói mas, o tempo ensinou-me melhor, e sei agora até que ponto algumas estrelas estão longe, no entanto a minha arrogância leva-me a acreditar que agora este pode ser o momento para estciar a mão.
E porque digo isto? Precisarei de me validar como ser humano, abster-me do meu próprio pensamento e dilema, ou estarei só ainda preso a um complexo.
Preciso disto, porque tu és eu. Estou em cada uma das pessoas que conheço e elas estão em mim, os seus sorrisos são os meus, e a sua ausência é a minha ausência.
Por isso faço isto por egoísmo, por mim. Porque são o meu sorriso, porque são a minha felicidade, todos e ninguém, ajudar-vos não é uma opção é um dever, pois parte de mim são vocês, e eu acredito ser também parte de vós.
Por isso preciso disto, para quê? Para ser feliz obviamente

So It Goes


Permitam-me divagar sobre Vonnegut durante instantes, todos as ideias e teorias que me fazem sentir confortável, talvez mais calmo do que alguma vez tenha estado.
Largo-me e separo-me no tempo, sou agora o sexto na casa de carrasco nº 5, sou um caminhante da quarta dimensão, eu estou livre no tempo.
Vejo tanto o ínicio como o fim, vejo todos os momentos, cada pormenor sem alterar, todas as humilhações, prazeres, repulsas, e ódios, vejo a minha morte e a minha criação, sem nunca mudar, sempre o mesmo passo, deixo-me recriar a mim mesmo.
E é esta a grande natureza do tempo. Repetir-se, como água, cada partícula não mais importante que o outro, apenas existentes, repetindo-se, sem nunca parar, vida, morte, nada e tudo, ao mesmo tempo.
E se é assim, olho para os punhos cerrados de amiga minha e quando a olho já não vejo a tristeza, ou a felicidade que deixou lá atrás, para mim ela só está num momento mau, ela no entanto é todos os momentos, todas as alegrias, a tristeza dela é fácil de negar, ela tem tantos momentos bons atrás.
Passado, futuro, presente, deixa agora tudo de importar, pois estou agora feliz, estou zangado, triste, apaixonado, aterrorizado, dependendo do momento em que vou parar, é isto que é importante perceber, a minha vida está em toda a minha forma, em cada momento.
E estando tudo, sempre a repetir-se, sempre a rever tudo, penso para mim mesmo que cada drama, cada perda, são só momentos menos bons, posso lembrar-me de melhores, posso fazer melhores, se não os fiz já, as oportunidades e possibilidades são infinitas. Onde já pensei, penso agora, onde sonho hoje, irei sonhar amanhã, somos todos contínuos.
E portanto, somos para sempre. Somos este sorriso de amigos, numa varanda à meia-noite, dançando e cantando. Somos dois desconhecidos bêbados a verem vídeos de terror. Somos estranhos a comprar um livro, a conhecermo-nos. Somos desconhecidos a falar de música numa manhã de Outubro.

E no entanto somos isto, somos duas pessoas, presas apra sempre, em todos e cada um dos momentos. Estou preso para sempre em momentos e agora somos dois jovens a conehcermo-nos pela primeira vez, a rirmo-nos, ingénuos sem o futuro para nos arruinar, e que brilhante futuro esse passado foi.

O beijo que seria para sempre, foi, é e será sempre eterno, no tempo repetindo-se. No meu coração e no universo ainda temos uma alternativa, ainda temos momentos, preso num fio linear, não te tenho mas, sei agora que tenho, tive, e terei-te sempre. Momento que se repete eternamente, neste caminho linear, na memória.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

We used To Spit Venom. Now We Just Rest


Um barco afunda-se no horizonte, uma tempestade que não cessa, chuva que cai sem parar, uma cortina transparente que difunde mistério e propaga melancolia.
Ao fundo as velas parecem-se arrastar ao som do vento, brancas e rasgadas atiradas e contorcidas ao som e força das ondas, a tempestade que maltrata os que o mar ousaram conquistar.
Caminho para a ponta da areia, os meus sapatos húmidos e cabelo encharcado, atrás de mim nada há senão contornos escuros, estou fechado numa cena de sonho, eu e o mar tempestuoso que ameaça consumir a terra e revirar o mundo.
E o barco procura resistir, apercebo-me que nada da vida é para tentarmos evitar, não vale a pena ser rocha no rio, se vamos ser sempre arrastados.
E porque evito eu pensar, porque procuro eu ser barco numa maré e tentar navegar, quando na verdade em mim está a tempestade, tentando quebrar o meu desejo. Sinto-me cansado, à espera de uma voz que se perde.
Diz-me quem sou, tira o peso do tempo e da memória, liberta-me da consternação e da solidão, suspiro, toda a melancolia num gesto.
E sabendo agora que não vale a pena, deixo-me ir sorrindo, tentando avançar pelas ondas. O casaco que passa pela água, o passado lá atrás, os pés submersos, a onda que cai, os olhos que se abrem no fundo.
E a espuma puxa-me para o fundo, e a tempestade parece longe, a luz do sol também, nem costa nem casa por perto, no entanto não penso.
Deixo-me cair, sentir a areia entre os meus dedos, o barco afundando-se comigo, passando ao meu lado, protecções e alma que se deixam cair no mar.
E fizemos um longo caminho para chegar aqui, no fundo, a cair sem rumo, entre ondas e múrmurios, a solução finalmente encontrei.
E ouve o mar a tremer ao som do meu coração, e ouve a minha vida a gritar dentro de mim, a tempestade lá em cima, na minha vida, o infinito abismo do mar o meu sonho.
Nunca desejámos que acabasse assim mas, as memórias e os nossos actos trouxeram-nos aqui, quem és não sei, quem fomos jamais esquecerei.
Mas, chega de pensar, de sonhar e de lembrar, agora no fundo do mar, no silêncio e no isolamento, posso finalmente descansar.
O amanhã é só mais um dia para um rapaz com alma de marinheiro, coração de vagabundo e vontade de caminhante

E Tu Dizes Que Sou Mas, Eu Não Sou.


Poeta. Algo que realmente não sou.
Pelas mais diversas razões, que enumerei a seguir, sou um simples amante da escrita e sem talento para as palavras, sinto que me são instrumentos demasiado estranhos, quando de facto deveriam ser a minha segunda pele.
O que screvo são simples brincadeiras de recreio, inocentes tentativa de algo que nunca vou dominar.
E não sou poeta porque não consigo dar significado, significado às palavras nem aos momentos, não ligo pessoas a palavras e é meu dever ligá-los, como um elo de diamante que não se quebra mas, simplesmente falho, e a escrita torna-se impessoal e sem sentimento sem algo a que alguém se possa agarrar.
Não sou poeta porque não consigo jogar com as palavras, como se fossem simples magia na ponta dos dedos, penso logo não escrevo, verdadeiro poeta encontra-se preso à sua alma, e quando toca não pensa apenas deixa a caneta seguir, e não sou assim, sou um simples pensador, pensar é o meua dversário pois não me deixa usar a sensação.
Originalidade escapa-me mas, será semrpe assim. Não há ninguém a que se possa chamar de original, tudo o que havia a ser feito foi feito, e por mais que tente não consigo imaginar nada a seguir, e portanto, não consigo imaginar nada que eu consiga fazer.
Por fim, não tenho coração. Falta-me o amor e a vontade de ser poeta, não consigo dar-me a um poema nem a uma frase, escondo-me da mais sincera das minhas palavras, sou um evasor da minha própria vida.

Algo que não foi bem pensado ou criado, surgiu


- Sinto-me deprimida e cansada...
- Deixa estar. Não precisamos de bom-humor para ter bons dias, vamos todos pegar nos sapatos de dança, e dar um rodopio no palco. Vem minha amiga perde a tragédia, vem minha amiga deixa-me mostrar alguma magia.
Não olhes para mim com esse aspecto, hoje é uma festa. Cada um de nós salta ao som de lzues incandescentes, vem comigo e dança, pois conseguirei dançar sozinho o retso da noite.
Posso não ter mais amigos neste mundo mas, contigo dançarei, danço por seres minha menina, minha senhora, minha mulher e minha amante, estas lzues são para ti.
E contam-se os anos, e os momentos, fotografias e músicas, precisamos tantod essas coisas? Ou podemos atirar tudo pela janela? Dança comigo caso haja um palco ou pedras, pode ser em frente à lareira ou em frente ao mundo, tornemos fantasmas de dias piores, em tentativas de chegar ao céu inatingível.
A vida são dois apssos de dança, o primeiro é abrir os olhos e o segundo é fechá-los, não me deixes dançar aqui sozinho, não receies o mundo que treme, não treme para nós, treme por nós, somos danaçrinos e fugitivos, não precisamos desta exacta realidade para dançar.
Não tenho ninguém no resto do mundo, por isso somos só nós, num canto ou numa ponta, um passo para a esquerda, e um movimento para a direita, vem minha amiga perde a tragédia, vem minha amiga e eu mostro-te algo que mereça o teu pensamento.
Depressão e introspecção não são apra nós.
- Não me apetece.
- Está bem.