domingo, 20 de julho de 2008

Swimming thru the rythm, flowing thru the darkness

Um mundo vintage, onde o rosa e o negro se misturam à flor da peloe, é um anúncio dos anos 50 a passar no tablier do meu Mustang enquanto acelero nas ruas negras desta cidade a preto e branco.
Os passos sensuais e as luzes negras e brancas de um bar onde a música psicadélica invade, a guitarra aguerrida presa por um sabor de serra que se prolonga e ecoa na arquitectura neo-gótica.
Somos todos párias da sociedade, e no entanto somos todos seres da noite, noctívagos e insómaníacos, o fumo prolonga os nossos pulmões, e os nossos passos de dança lembram o bater do coração.
Não há palavras como o ritmo de uma seis cordas, nem há perfume como o cheiro dos pneus a queimarem o alcatrão, na estrada até ao fim do tempo.
Pego na minha mulher de armas, o cabedal a segunda pele, o rock n roll a sua alma, seremos sempre um, enquanto a lua e a chama continuarem.
E o refrão chega, e o extâse da dança ao limite vai, os passos sedutores ao som da batida, o Quentin Tarantino o nosso guião, na ponta da língua.
E o baixo volta à mesma linha, e rolam os créditos, este é o filme B da noite e da imaginação, do film noir e do vintage, somos acólitos de um estilo, somos senão nós.

Esta é a nossa música, vamos dançar.

Rave On Silent Buzzsaw Guitars

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