domingo, 20 de julho de 2008

Break The Chain Of The Habit

Leio as minhas palavras antigas e suspiro, passei demasiado tempo fechado em poesia adolescente e em sentimentos de ambição e procura, o talento que não parecia verter, a minha própria auto-psicografia.
No entanto olhando o sol de verão e o mar que envolve as rochas sei que não preciso de nada disso, já chega de querer, é preciso viver.
Olho para as palavras gastas, as canetas usadas, e as letras repetidas, e se pudesse lançava tudo ao vento, pois chegou a altura de tirar as correntes do meu coração e alma, está na altura de sair dos recantos escuros da minha mente, e acender uma vela, abrir uma janela e deixar o dia entrar.
Não fui feito para estar fechado em casa, nem para viver preso a um quarto e a um computador, a sentimentos e a almas torturadas.
A eterna procura pela minha felicidade não acabou, ainda está no ínicio mas, percebo agora que não está em pensar nela mas, em vivê-la, viver os amigos, os copos que embatem num brinde, as conversas a meio da noite, os mergulhos na noite com o riso de quem de mim gosta, o riso de uma piada, um encontro de amigos que há muito não se vêem, uma corrida na praia, uma passagem nas ondas, uma viagem na estrada.

Acabou o tempo para pensar, agora é hora de sorrir, sempre fui uma pessoa para se sentir bem, do que suportar a dor, não faz sentido.

Caminho agora na rua, e ouço os pássaros chilrear, há pessoas presas aos seus fantasmas e problemas, na verdade, é tudo tão simples, respirar fundo e dar um passo em frente é tudo o que preciso fazer.
Ainda tenho muito a crescer, no entanto se pensar menos nisso, acredito ser mais feliz.

Ninguém vai soltar o mal em mim, mesmo que tente.

Os Danados(Uma autópsia das mentalidades kafkaeskas e da cultura pop) - Um título pretensioso

Chamam-me Estranho
Apelidam-me de incomum
Sou nem um nem outro
Sou a música no vinil
E o mais egocêntrico


Dizem-me parvo
Acho que dou mais numa de chato
Não gosto de pasuas ou rotinas
Um salto e uma bateria
é a minha perfeita sinestesia
Dá-me energia
Nem que as pernas desistam


Penso demais
E por vezes não pareço fazê-lo
Sou imprevísivel e complicado
Sou um caso à parte
E um disco riscado

Usa-me e engana-me
Saberei mais do que julgas
Sou incompreensivel e inimigo
Mas, sem quem não é meu amigo

Quem sou eu?
Senão quem não sei que sou.
Fixe,Fixe, Fixe.
Chama-me de tudo
Apenas dá-me mérito
E não me chames genérico.

Swimming thru the rythm, flowing thru the darkness

Um mundo vintage, onde o rosa e o negro se misturam à flor da peloe, é um anúncio dos anos 50 a passar no tablier do meu Mustang enquanto acelero nas ruas negras desta cidade a preto e branco.
Os passos sensuais e as luzes negras e brancas de um bar onde a música psicadélica invade, a guitarra aguerrida presa por um sabor de serra que se prolonga e ecoa na arquitectura neo-gótica.
Somos todos párias da sociedade, e no entanto somos todos seres da noite, noctívagos e insómaníacos, o fumo prolonga os nossos pulmões, e os nossos passos de dança lembram o bater do coração.
Não há palavras como o ritmo de uma seis cordas, nem há perfume como o cheiro dos pneus a queimarem o alcatrão, na estrada até ao fim do tempo.
Pego na minha mulher de armas, o cabedal a segunda pele, o rock n roll a sua alma, seremos sempre um, enquanto a lua e a chama continuarem.
E o refrão chega, e o extâse da dança ao limite vai, os passos sedutores ao som da batida, o Quentin Tarantino o nosso guião, na ponta da língua.
E o baixo volta à mesma linha, e rolam os créditos, este é o filme B da noite e da imaginação, do film noir e do vintage, somos acólitos de um estilo, somos senão nós.

Esta é a nossa música, vamos dançar.

Rave On Silent Buzzsaw Guitars

quarta-feira, 9 de julho de 2008

I Can't Stop Dreaming


Os dias prolongam-se e as repetições tornam-se inevitáveis, nunca fui um grande poeta, nem um grande pintor mas, se fosse conseguiria tirar este sonho dos meus olhos e coração e aplicá-lo a esta paisagem, em toques leves do pincél e do óleo pastel, e aí atingiria uma calma imensa.
Mas, não me é possível atingir essa calma, e confiar no que já estou habituado, de viver o rotineiro e o normal, viver a hierarquia do mundo, dfragmento-me só de pensar nisso.
Levanto as mãos e ligo o rádio, em sintonia com as palavras atinjo uma nova verdade, na ponta dos dedos estão as estrelas e na planta dos pés estão as memórias, crio para mim mesmo uma nova vontade, torno-me alguém novo.

O meu único desejo não é ser único ou original, é ser um sonhador, manter em mim o sonho até o meu último suspiro abandonar a minha alma, sonhar com o fantástico e o possível, com o amor e o heroísmo.
Descer aos confins da minha alma, aos segredos e às vitória,s as derrotas e as felicidades, e quando me compreender a mim mesmo, quero agarrar uma caneta, escreverei, e escreverei, e quando souber quem sou, poderei escrever os meus sonhos, poderei usá-los e alterar o mundo real, poderei pôr-lhe assim a minha marca, algo de mim neste mundo.

É esse o meu sonho, o de o mundo que amo, também um dia poder ter sido feito por mim, quero fazer parte dele o máximo que puder, quero ser parte do céu da cidade, da gente dos cafés, das árvores seculares, da onda do mar, quero ser parte do coração dos meus amigos, quero ser o que o meu sonho me diz, quero ser um caminhante, um caminhante deste mundo, seu amante.

Não posso deixar de sonhar, se o fizer, desapareço.

Cherry Blossom Flowers In The Summer



A primeira pétala que cai sobre os caminhos de pedra deste belo jardim, o ritmo da natureza assinalando mais uma época.
Debaixo de uma árvore, olhando o mundo passar, as nuvens brancas que percorrem o céu, a dor e a preocupação de outros dias afasta-se progressivamente, levada no som da brisa, para longe com os dentes de leão.
Caminho sozinho, com a minha música nos ouvidos, dou asas à minha simples mente, perdido no calor do verão, vendo as crianças brincando, a praia onde acorrem as pessoas, e o silêncio do frio e do inverno parecem agora tão distantes.
Sento-me num banco e vejo um casal que se aproxima, também eu fui outrora assim, no entanto chegou ao fim, não tenho remorsos, apenas lembro com um sorriso.

A minha vida agora é como uma cerejeira, cujo mínima intervenção negra pdoeria afectar toda a colheita, mas agora nascema s flores, e entrego-as, o meu sorriso, ás pessoas que mais gosto, neste belo verão, após um inverno tão duro e frio.

Por isso vem deitar-te a meu aldo, no topo destas colinas, acima do restante mundo, ouve-me respirar tal como te vejo sonhar, debaixo da sombra de uma cerejeira, darte-ei estes brincos e viveremos esta atrde de verão, e sorrisos surgirão, de todos os que conhecemos. Vê comigo o mundo, esquece o apssado, os problemas ficarão apra depois, agora descansamos.

E toca a úsica nos meus ouvidos, e sei que chegámos a um fim, um ciclo, uma história, alguns que nunca mais verei, outros que nunca abandonarei, deitado agora aqui, vejo que chegámos a um final, e o verão trará sorrisos e apagará as feridas, haverá um novo começo.

Agora fecho so olhos, começou o verão.


Obrigado a todos, por estes três anos.

5


São cinco os pontos
Os pontos pelo qual se erguem
As minhas pernas e cansados ossos
Que por minha sanidade não se esquecem


Sorrir, pois lava a dor
Traz em quem me rodeia conforto e segurança
Impede-me do futuro ter pavor
Livra-me de medo, e dá-me força
De nunca desistir de ningém nem de mim
Sorrir mesmo que chore
Desde que traga amor a quem eu adore.

Sonhar pois preciso de limar
As arestas negras e duras deste mundo
Sonhar para nunca frio me tornar
Sonhar pois chego ao fundo
De quem sou e serei
Sou sonhador até a morte
O meu último suspiro tirar.


Nunca desistir daquilo que quero
Seja caminhar ou escrever
Os meus objectivos são algo a cumprir
Para crescer, para nunca me perder
Pois para proteger, tenho que viver
E nunca abandonar o caminho que decidi seguir.

Proteger e nunca descansar
Pelo sorriso de quem gosto lutar
Pois nunca será batalha perdida
Uma lágrima evitada
E enquanto meus braços tiverem força
Nunca largarei aquele a quem amigo chamar.

E por fim viver, sorrir face ao perigo
Sonhar com uma vida que irei alcançar
Viver uma vida feliz, pois ser feliz
É um desejo simples mas, díficil de alcançar


E no fundo de tal estrela
Une-se um ponto, formado com este pensamento
uma única mensagem que ressoa por toda a minha pessoa
um único desejo, uma única missão:
Preseverar

Under the Ericeira Sky


Levanto-me da minha preguiça interminante em que havia mergulhado, os meus olhos cansados perscrutamos pinheiros e são iluminados com o reflexo das chamas da fogueira, o ar a pinho e o céu estrelado do campo, isolando-me das preocupações e da dor.
O meu corpo é um composto de cicatrizes e memórias, e é neste eixo do mundo, onde o homem é julgado pelos céus, que o mar me limpa as feridas, o som das ondas a embaterem nas rochas evocando a minha alma.
E ando pela escuridão, sozinho mas, acompanhado pelas estrelas que pintam o céu, protegido pelas memórias de um outra altura, caminho um apsso de cada vez, chamado pelo horizonte, pela luz da noite, e a canção do mar.
Ouvindo o som das ondas, os meus estados estendem-se e nesse momento, creio-me um Deus, um herói da História grega, acreditando poder guardar nos meus braços a lua cheia, guardar o seu brilho na palma das minhas frágeis mãos.
E não fui feito para merecer algo tão bonito, um dia percorrerei o mar, e procurarei Apolo e aí, desfaço-o do seu fardo e deixo todo o céu tombar sobre mim, pois o maior sonho de meu coração é unir terra ao céu, mar às nuvens, pois sou apenas um filho deste mundo.

Dormir sobre as estrelas, puxado pela corrente do mar, a imaginação indica-me o que quero, pena ser um desejo tão distante.

E agora canto a minha música. Um pequeno som quebrando o silêncio, o silêncio do universo que dorme o sonho tranquilo, um sonho que eu partilho, toco-lhe uma música de embalar. Um dia serei eu uma estrela lá em cima? Ou uma gota no mar? Por enquanto, toco só esta harmónica de metal, para os que possam ouvir vejam quem eu realmente sou.

Daylights/Broadlights


Sou de novo caminhante, por mais uma vez na miha vida canso-me da rotina e do lugar comum, farto-me de sucessão e do habitual, do que sei que irá acontecer, e do que esperar, preciso de encontrar a incerteza e a surpresa de um passo arriscado e não pensado, a vida foi feita para cometer loucuras.
E o tempo é tanto e no entanto tão pouco, descanso sobre a fina camada de areia entre uma das partes da ampulheta, sem saber o que fazer, demasiado aborrecido para elucidar mas, no entanto ansioso para me tornar alguém, para crescer, encontrar o conhecimento, ser uma boa pessoa.

Não é isso que todos ambicionam? Apenas desejo um pouco de sinceridade para mim, um pouco de sabedoria, e no entanto qual é o caminho certo a tomar?
Já percorri tantas outras estradas sem saber onde iria chegar, alcançei patamares que antes julgavam impossíveis, mudei sem ninguém o reparar mas, no entanto ainda estou longe de quem ambiciono ser.
E quem é essa pessoa? Não a conheço, pois se assim fosse, facilmente seria para mim emular os seus hábitos, a sua voz, o bater do seu coração, sorriso e espírito.
Quem sou eu? Quem fui, são essas as questões ao qual nunca encontro uma resposta mas, na minha prisão de vidro e areia encontro o conforto, o conforto na escuridão de uma noite, num ciagrro e numa música no meu gira-discos partido, sitno-me pequeno a olhar o céu, o reino e a teia de todas as histórias.

O mundo é só um grande canção, um dia hei-de percebê-la, e por isso caminho, não por feitio ou vontade, por ser o meu destino