domingo, 7 de outubro de 2007
Goodbye.
Quero dizer a deus aos sitios onde nunca mais vou voltar, sítios que nunca mais pisarei, que eprderam o significado, rotinas desaparecidas nas memórias, e é tanta história que não sei se lá quero voltar, preciso de dizer adeus, merecem.
Paisagens urbanas, sítios que sem ela nada são para mim, tantas memórias pintadas nas paredes, tantos sorrisos imprimidos, não há volta a dar, acabou tudo, e não vou voltar lá.
Adeus, aos degraus do Cais de Sodré onde gritei a Lisboa o quanto gostava de ti, mesmo que nunca tenhas acreditado, embora nunca tenhas sentido, adeus a esses degraus onde começou tudo, onde a minha felicidade começou. Adeus à carreira 58, que tantas evzes me transportou para me fazer feliz, para me trazer de volta, adeus a todos os momentos em que a agarrei, em que ela foi minha e riamo-nos enquanto eramos levados para longe, adeus.
Adeus à Mata de Benfica, por me ter trazido lá pela primeira vez e por me ter feito acreditar que era possivel ser feliz, que estava abraçado a ela, e eramos felizes. Eu era, e nunca mais vou estar lá sentado, debaixo dos pinheiros, a ouvir a brisa, nunca mais vou senti-la comigo enquanto olho apra a cidade, acabou. Adeus ao 38-c e todas as casas nela, adeus ao quarto dela onde estive na cama dela deitado, onde a abraçei durante os sonhos dela, ao telhado dela do qual tinha medo, adeus a todas as memórias naquele quarto, a todos os filmes vistos naquela sala, a todas as refeições naquela cozinha, já foram à muito. Aos filmes vistos em casa da Rita, e à noite em que ela adormeceu de óculos junto a mim.
Adeus a Benfica, onde andei com ela pelas ruas, onde sorria e imaginava-me invencivel, onde era tudo verdadeiro, um sítio que era bonito só por ela, onde juntos andámos e tudo era bom.
Adeus a sesimrba, onde fui feliz. Genuinamente feliz, onde pensava que ela ia guardar o meu coração para sempre.
Adeus a tudo.
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