segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Criminal Of My Own Intent


Sou um caso mental sem retorno possível. Estou tão longe de onde esperava estar, esta cidade pode arder em mim, pois não encontro a corrente que me vai levar para casa, pois estou isolado de qualquer destino que tenha definido para mim, estou apenas tão longe, com tanta falta, e uso palavras negras e agressividade passiva para me fazer entender mas, no fundo só quero largar-me, ir na corrente para melhores lugares.
Destino é apenas um conceito sem fundo real, pois que destino mais promissor era aquele que parecia encontrar-se no meu horizonte, fui feito para apenas morder o sal do mar, e sentir as minhas gengivas a contrairem-se em toda a sua amargura acompanhando o ritmo do coração?
O sol inexistente soa-me a diamantes estilhaçados nas ruas onde ando, agora sem ti. E eras tão unica e perfeita, e no entanto eu era só alguém que não ia durar mais do que um efémero capitulo da tua vida, esta chuva guarda o último julgamento, nesta relação não há espaço para sacrificios, no entanto tenho espaço para me deixar sofrer, sofro por dois, tenho insónias para os dois, desta relação apenas restias dos diamantes dos teus olhos e fantasmas me acompanham.
Se isto é um sinal dos céus então iro-me e revolto-me contra eles, pois parece que estão a gozar comigo, pois parece que a cada ilusão que passo, tudo fica melhor e eu apenas deixo-me cair em lamentações, e renuncio ao céu que se põe por cima de mim, renúncio à cidade que me envolve, só quero libertar-me.
A minha ira, é tudo apenas uma frustração comigo próprio por deixar tudo voar ao meu lado, por perder tudo o que estava na minha mão. Ilusões. Eu nunca tive nada, apeans tive mantos de ilusões, tive histórias e fábulas, acreditei nas palavras e agora estou onde nunca imaginava estar.
Estou onde nunca quis estar. Olhei para o horizonte e esqueci o fosso pensando que era capaz de voar. Ilusões de romanticos.

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