terça-feira, 6 de novembro de 2007

Palavras são só palavras, nada mais.


Sinto-me uma pessoa vazia, sinto a falta de algo entre o meu coração e o meu consciente, sinto que cada palavra e cada frase são senão uma estrutura e uma técnica, pois, eu não sinto nada. No meu cognitivo sinto-me vazio e até agora não sou capaz de nutrir qualquer sentimento na minah escrita.
Fui um poço de sentimentos e de palavras à apenas alguns dias e agora estou assim pois, vazio, na falta de algo. Um quarto vazio, de paredes brancas, onde se nota o espaço onde outrora se encontrava mobília, candeeiros, quadros nas paredes que haviam desaparecido.
E eu sou assim, eu estou assim. Preso pela noção de algo que tive, que fui, e sinto essa falta, que essa ausência é uma ausência de mim.
Estou separado do que me faz Eu, não me sinto ligado a sentimento e memórias mas, há uma ponte mas, não há destino para ela, eu já conheci o outro lado mas, agora nem as palavras na outra margem habitam, sinto-me vazio, sem total consciência de que assim estou, estas palavras são ocas, pois não sinto qualquer sentimento, e não me sinto triste por isso.
Esta escrita é racional e lógica, de mim não brota qualquer sentimento nas palavras,d e mim próprio não tenho pena, estou fora do meu corpo. Observo-me.
Sou um próprio estranho na miha vida, estas palavras não fui eu que escrevi, o autor destas palavras não é o mesmo de quem as lê, são apenas palavras para mim, sou um simples leitor, o escritor em mim é um cientista, um estudioso das palavras. A minha inspiração e paixão estão dormentes.
Que sentido fazem então estas palavras se não tem sentimento? São palavras completamente vazias que representam o meu actual estado de espírito, um vácuo permanenye, uma ausência de alma matter, uma apatia que se toma de mim, e faz de mim uma marioneta das palavras, isenta de sentimentos

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