sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Ghost Stories VI- Mr. Strange, Delirium


Esquecido em Hollow Manor, como tudo à sua volta, esquecido num ténue fio de tempo, parado e estagnado, encontrava-se Mr. Strange.
O tempo era algo abstracto em Hollow Manor. Os relógios continuavam a andar para a frente, o som dos pêndulos a tocar levemente no ar mas, os ponteiros nunca abandonavam a mesma posição. O tempo havia parado, Hollow Manor estava destinada a ficar presa e todos nela num momento, um simples momento.
Debaixo das escadas do corredor principal, perto da cozinha, encontravam-se umas velhas escadas que davam para a velha cave de Hollow Manor, onde havia uma velha porta castanha, escancarada, que dava para um velho quarto, o quarto de Mr. Strange.

Isolado do mundo. Isolado mesmo em Hollow Manor.

A única janela existente no quarto era uma leve brecha junto ao tecto mas, esta encontrava-se entupida de heras que desciam a parede e agarravam-se a uma cómoda, entrando e saindo de gavetas e caindo no chão.
Os olhos brilhantes de Mr.Strange reluziam por entre os cortinados verdes-lima e o fumo a incenso que absorvia o quarto.
Dançando frenéticamente, olhando para o seu aquário repleto de peixes coloridos, Mr. Strange brincava com uma bússola na mão, o seu cabelo pintado de azul despenteado balouçando com os movimentos nervosos do homem que se encontra revirando os olhos e rindo-se histéricamente.

A realidade por vezes cruza-se com o sonho, ambas as realdiades deixamd e ser evrdadeiras ou falsas, certas ou erradas, torna-se tudo subjectivo. Subjectivo de Mr. Strange.
Mr. Strange deixa-se cair na sua cama, o fumo do quarto encontra-se também na sua cabeça. As cores e a vida estãoa brotar dele, os seus olhos reviram com o sabor de mais uma fantasia, e no tecto vêem-se artefactos abstractos pendurados do tecto.

Delirio, a solução da vida? A quebra do pensamento? O delíro é uma benção e uma maldição.

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