quinta-feira, 14 de junho de 2007

And Even After All, You're Still The Only One- The Flame I


Perco-me com uma música deprimente, e a chuva no exterior condiciona uma já atitude bastante esmorecida para enfrentar mais um dia, caminho sozinho por avenidas e ruelas, apreciando a solidão que uma chuva traz, e é então que me apercebo de que ainda me desconsolo a pensar me ti.
És um claro, sonante, e firme SE, uma interrogação permanente na minha vida, se fosses, se serás, se já acabou se alguma vez te vou ver de novo, quando penso em ti penso que me estou a deixar atrasado, que estou a ver cosias onde não houve, onde nunca haverá, e penso para mim, o que fiz para merecer tamanha frustração? Eu serei o primeiro a concordar que o quis, e que fui eu que escolhi no que me meti, admito que vi sempre mais do que realmente havia, e admito também que voltei a errar de novo porque sou simplesmente ingénuo, esperava controlar os meus sentimentos, queria conseguir estar contigo sem me sentir preso a um sentimento de pertença e de que finalmente tinha encontrado alguém, e erro sempre ao pensar nisto, sempre que avalio e vejo como me encontro só vejo que tudo está desprovido de sentimentos, sentimentos que somente estiveram presentes em sonhos e esperanças mas, mesmo assim no fim não deixo de conseguir sentir-me exausto, como se que o destino me tivesse manipulado e me dado um pequeno toque de algo que nunca terei, e portanto, concretamente, o que somos?
A minha resposta é nada, não somos amigos, não somos amantes, nem sequer somos conhecidos, não falamos porque não há motivo para tal, eu sei disso, tu sabes disso mas, eu não consigo acreditar que tenha sido tudo apenas físico, porque quando me beijaste, eu senti que por uma vez na minha vida, eu não era o amigo, eu não era o confiante, eu não era mais um nas fileiras das amizades, tinha finalmente encontrado alguém que me queria, encontrado uns braços onde poria repousar, a minha busca estava finalmente terminada, e finalmente sentia que me acontecera algo bom, rapidamente aprendi que não era real. Porque tu não actuas assim e eu não me ressinto disso, apenas lamento, porque eu não queria um se para nós, eu queria realmente um nós, queria ser aquilo que nunca pude ser, queria que fosses aquilo que nunca encontrei em ninguém, e perdi-me em esperanças em sonhos e num desejo louco de um sonhador perdido em harmonias e em distorções felizes, e caí, no teu silêncio, nas tuas palavras caí, porque interpretei mal um gesto, porque realmente fui tolo, e porque simplesmente deixei abrir o coração.
E passado tanto tempo, ainda foste a única, e dói, dói porque enquanto tu já avançaste vives a tua vida, eu não significo nada para ti, não sou parte da tua vida, sou um nome num índex, uma gota na chuva, não tenho relevância qualquer, os meus actos, estes pensamentos metem-te num pedestal da minha vida, eu na tua fico a nada, sou uma lembrança, mas tu não em és isso.
Percebe Danny, tu para mim vais sempre ser importante, e magoa-me ver-te e não te dizer nada, magoa-me saber que existes , que posso tentar ligar-me à tua vida e só me magoar, dei parte de mim a ti, e pior do que ser recusado, é ter estado ligado contigo mas, parecer um sonho, algo que realmente não aconteceu, sinto que por mais que tente tu vais sempre ser algo irreal, e não me arrependo, não me queixo, simplesmente quando vejo a chuva, lembro-me que pensava ter-te, quando me deito lembro-me que te tive encostada a mim, quando me levanto sei que já tive alguém mas, eu nunca tive nada, porque eu sem vinculo emocional sinto-me vazio, e nós somos apenas um livro vazio, sem páginas, foste tudo, não fomos nada.

E pergunto-me se alguma vez cometo o mesmo erro, talvez si, e quando o fizer volta tudo ao inicio.

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