sábado, 16 de fevereiro de 2008

Quem Sou Eu?


Muitos chamam-me de estranho, outros peculiar, no entanto torna-se díficil perceber quem realmente sou.
Sou alguém, perdido num mundo extenso, cheio de perguntas e respostas escassas, andando um pouco por todo o aldo, encontrando um sítio a que possa chamar casa. E não são quatro paredes, nem são telhados, para mim essa sensação de lar desapareceu à muito, algures numa curva do passado.
Chama-me doido e louco mas, sinto-me no máximo da minha compreensão. Preso por um vento gentil que me percorre a mente, preso apenas pela gravidade ao chão, um dia sonharei em ascender.
Serei sempre um retornado, nunca descansarei pois a longa estrada chama-me, um apelo do desconhecido horizonte que parece a cada dia me absorver mais, um caminho solitário na conquista do ser.
E estendo os braços ao céu estrelado. Crio memórias em simples momentos, polaroids que guardo em mim mesmo, e sonho... Sonho um dia acordar e saber que vivi ao máximo, que fui rei e senhor do sonho, que não deixei a vida passar ao lado.
E poderão pensar que nem sempre penso mas, nunca deixo. Penso em tudo o que não pensam, penso nos pormenores e nos segundos, como um último suspiro que nunca parece acabar, os outros pensamentos que devia ter? Esses nunca mereceram muita preocupação logo de ínicio.
E qual é o meu destino? Nenhum. É uma estrada longa e sem nenhum lugar onde chegar, não há sítio onde realmente tenha que estar, sou dos meus pés e do vento que me passa entre os dedos.
O grande sonhador, e eterno amante do desconhecido, sou uma chama que espera nunca se apagar, e iludido sou, e iludido serei, porque enquanto sonhar, vivo estarei.
Por isos chama-me de louco, doido ou maluco, sou tods, e sou nenhum. É preciso loucura para dar um passo na vida, e é preciso ser doido para entrar por caminhos inimagináveis. Posso não fazer boas escolhas mas, as que faço são sempre minhas, e não de outrem.
Sou filho do mundo, e essa é a minha vontade. A de ser feliz, a de ser um caminhante, vândalo de avenidas e estradas, de florestas e alcatrão, serei a perspectiva distorcida de um mundo para o qual sou doido.
Quem eu sou? Alguém que não conheço muito bem mas, que tem uma vida inteira para descobrir.
E termino, partindo para outras paragens, para sonhos e patamares só alcançáveis na minha hora de descanso.

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