quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Ghost Stories XII- Laura Crow, Love


Debaixo da casa que se intitula de Hollow Manor, escadas de madeira levam ao promontório, as nuvens cobrindo o sol, pintando a paisagem de azul, banhada pelo pôr-do-sol.
No promontório Laura Crow olha o horizonte, esperando o regresso do seu amado, do seu coração.
De vestido negro agarrada a um pingente com um coração de prata, olhando a linha final do mar, o seu coração latejando.

Mas, em Hollow Manor o tempo não passa, a espera será eterna.
Ao longe, o velho farol de Hollow Manor ilumina a entrada da baía, o lugar onde ele ia aparecer, onde vinha para os braços dela.
O vento levanta-lhe os cabelos negros, e a esperança evita as lágrimas, pois não deseja perder a única coisa que lhe dá sentido á vida.
Pois sem o amor, sem a alegria do seu regresso, a vida é só mais um fardo na sua alma, só mais uma doença de espírito.
E Laura Crow aguarda, aguarda pelas velas brancas do barco dele, levando a mão ao pingente, ao sabor amargo e doce da memória.
A ânsia quase que mata Laura Crow, no entanto a esperança dá-lhe vida e sentido.
Uma folha que cai mas, voa por momentos incertos antes de cair realmente e beijar o chão Laura Crow espera, desde sempre e para sempre, à espera.
Mas, Laura não sabe que a morte roubou o tempo, e agora só resta aguardar pela eterna imortalidade.

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