quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Ghost Stories XI- Robert Caulfield, Youth


De frente para o quarto de Kate, encontrava-se outro quarto.
A porta laranja, com a fechadura dourada levando ao quarto de Robert Caulfield, um quarto que é um mundo, um mundo de Robert Caulfield.
As estrelas desenhadas na parede, iluminadas pelo sol que brilha no exterior, a primavera da sua juventude.
Os brinquedo espalhados pelo quarto, locomotivas de madeira, e carros de metal, num quarto onde as arcas se encontram cheias de bonecos, e peluhes, um mundo dentro de um mundo.
A inocência da juventude, o tempo em que se sente o conforto e segurança dos pais, a liberdade do espírito, a liberdade da consciência.
Robert pula, e grita, sorrindo no mundo dentro da sua cabeça, histórias de capa e espada, onde Robert não é um simples rapaz, é um rei, um cavaleiro, príncipe ou um astuto ladrão.
Robert é tudo o que deseja ser.
A juventude é efémera mas, é a altura mais feliz da vida, onde tudo parece eterno.
Deitado agora na sua cama, Robert é e sempre será uma criança, feliz. O solhos castanhos brilhando, o sorriso matreiro debaixo das suas sardas.

Pois o tempo foi roubado e a morte desapareceu.
Criança eterna.
O coração puro para sempre.
Felicidade na juventude.
Para sempre.
A juventude passa num piscar de olhos mas, o tempo em que a vivemos nunca há-de desaparecer.

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