domingo, 22 de julho de 2007
The Pages Of Our Vacations I - Tavira
Pedras brancas e água que corre por debaixo da ponte antiga que observa o leito de um rio calmo aguardando o passar o tempo, tempo esse que parece não querer passar, as marés não mudam rapidamente o suficiente, e o som das gaivotas longe do mar lembram-me que também eu estou longe da minha natureza, estou longe de ti.
Passou apenas um dia desde que fui até ás montanhas despedir-me entre soluços censurados por um sorriso que teimei em manter firme, e enquanto andei milhas entre os sonhos e o pôr-do-sol, a noite foi longa, e enquanto te aguardo finalmente, o tempo volta a passer espesso e tenho saudades da úncia cosia que me prende a este lugar, alguém que dá vida a tudo o que toca, a minha melhor amiga.
Avisas-me que estás perdida entre flores de Primavera que se mantêm vivas, então avanço pelas avenidas e escondo-me atrás de uma estátua, aaproxiams-te e desisto da surpresa, quero-te abraçar, quero sentir que és real.
E apareces de vestido vermelho, como o mudar de uma estação, trazes o sol, a alegria e o verão contigo, sinto-o na atmosfera,e olhando para o teu sorriso que me descobriu, sei que pela primeira vez não me sinto preso a centenas de km de casa, o meu lar está a aproximar-se de mim. Depressa te levo atrás de mim por inóspitos caminhos onde a luz custa a irradiar, passando por escadarias e arcos de voltair construidos quando eu e tu estávamos longe, o nosso riso ecoa ans paredes brancas, enquanto que a torre do relógio torna simétrico o sítio onde nos encontramos, fica tudo calmo, e somos nós agora os reis do monte, os donos da cidade, o nosso castelo aguarda-nos, e dentro dele, todas as flores que mereces ter.
Debaixo da figueira olhamos o nosso reino, conversamos, e eu sei porque sou feliz, a tua voz suave como seda, e os teus olhos a brilhar ao sol hipnotizam a mais forte e gelada das almas, e eu carvo essa sensação na árvore para que seja um testimónio aquele lugar, que o mundo saiba por onde um anjo andou, depois de mais sorrisos e minutos que parecem segundos abandona-mos o topo do nosso reino e vamo-nos sentar junto a um lugar quase poético, num banco, onde com o teu gentil toque se torna em algo especial.
Olhamos para os parapeitos e contamos histórias da nossa vida futura, e sinto o nosos futuro lar, onde todas as pessoas que gostas vivem, onde relógios que andarão demasiado depressa devido aos bons tempos passados lá, com quadros feitos pela pura imensidão do teu talento, com uma varanda onde veremos a nossa Paris, a nossa Veneza, Barcelona, e Sicilia, quero abraçar-te e dizer-te que é rela, que vai ser real, e ainda é real. Descemos as escadas que antes subimos, sabendo que dura pouco o tempo que estarei mais contigo começo a sair do sonho mas, ainda quero tecer na minha fiadeira mental, linhas de memórias e criar mantos para me cobrir à noite os sonhos, e levo-te a um café de uma das nossas casas, a minha imaginação torna a sala escura numa cidade história e longinqua e continuo a sentir-me em casa, porque ainda estás lá, veneza só é veneza contigo.
Por fim sentamo-nos de novo no banco entre as árvores, onde todas as gerações convivem, os nosssos momentos param o tempo, e nesse momento, para sempre, os jovens serão sempre jovens, os idosos sempre idosos, e nos teus olhos reflecte-se a imagem do teu maior admriador que deseja o parar do tempo.
8-07-07
I Miss You.
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