sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Ghost Stories III- Rupert Doorway, Entropy


A Vingança é dolorosa. Ela não se esquece. A dor não deixa esquecer.
Hollow Manor tinha uma varanda. Encontrava-se a ligar todos os quartos, com a vista para a floresta, janelas brancas com arcos de ogiva tapados por várias cortinas, trancadas por dentro deixavam a varanda sozinha a cair na escuridão, a chuva a cair sem parar, alagando o chão branco, no parapeito Rupert Doorway mirava o céu.
Calmo.Sereno.Explosão.Sorrindo
Junto a uma janela estava uma mesa. Uma mesa onde conversas pareciam ter acontecido, chávenas brancas com linhas de ouro estavam à mercê da chuva que não parava. O tempo nunca para.
Olhos cinzentos, e cabelo negro curto, as mãos tremiam de frio.Ou de algo mais. Ele sorria e a varanda encontrava-se vazia.
Doorway olhava, sem nunca o tempo parar, os lábios tremem.Explosão.Frio de mais um dia chuvoso.

E lá estava o anel

E se ele se lembrasse um segundo, se tudo fosse parar aquele anel, aquele anel que ela disse não. Se isso acontecesse...
Nada. Porque os segundos não passavam, ele queria soltar-se, gritar, deixar-se cai, porque estava tudo calmo, quebrar a simetria? Ou deixar a calma aparente ser verdadeira?

Os gritos mais dolorosos, são so que não gritamos.
A entropia, consome-nos a todos.

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