De volta aos textos pessoais e aos discursos interminantes sobre a simples vida com um carácter de saga a que chamo de mim.
E metáforas de estrada não conseguem descrever as caminhadas que já andei, e escrita embelezada por advérbios, adjectivos e recursos estílisticos não corresponde mais ao que sinto, pois sinto sobretudo cansaço, e uma falta de mim mesmo.
Torna-se tão fácil cerrar os meus próprios olhos do que tentar atingir os céus, apenas desistir do que agarrar o trapézio. Há sempre a rede aguardando-me.
Mas, por quanto tempo mais irá essa rede estar lá. Legionário como sou devo-me pôr a caminho e ansiar a caminhada mas, de momento a única caminhada é a jornada que faço até à minha cama, onde deitado vejo a vida passar.
E no leito do meu cansaço e da minha atitude passiva irei ser o réu ou a vítima? Quero brilhar mas, o meu único obstáculo é ser eu mesmo, pois a vontade está em mim, atrás de uma cortina de conformismo.
Não é desculpa para desistir, nem desculpar para me queixar mas, levantarei o bordão do caminhante e as togas do vandâlo e andarei por esta terra, pois a vida é a única constante e deixar-me abater por algo nela é nota de ignorância.
Ignorantes são os que se deixam ir abaixo, após uma muralha irá estar sempre a próxima, a vida é uma constante de problemas, no entanto entre paredes está sempre os bons momentos, as memórias que merecem que se lute por elas.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
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