quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Lindos Meus Cabelos, E Verdes Meus Olhos


Define-te com uma palavra.
Todos os segundos que passam, perdes-te mais na vida, tornas-te mais num vulto, perdes os sonhos que tiveste demasiado medo de agarrar.
Tens medo de envelhecer e pensas que ainda falta tempo mas, antigos amantes não tem medo de dizer que à muito que envelehceste, o teu coração é à muito uma instituição falida.
E passas os dias a olhar para o ecrã da televisão, os teus olhos vazios e perdidos, nunca reparando que atrás de ti todos os teus sonhos, ambições e vida desaparecem nas tuas costas, como se uma leve brisa de verão se tratasse.
E dei-te os melhores dias da tua vida, disseste outrora, e eu digo-te que não fui ninguém senão uma antromorfia dos teus próprios pensamentos.
Eu fui a falta de paciência para tudo no teu mundo, a irritação, a alegria, a imaturidade, o conforto e a paranóia, eu fui os caprichos da tua mente jovem e ingénua que acredita nunca ter caído.
Mas, de lindos verdes olhos, e de misteriosas sardas que fazem a tua cara, não há um traço de genuídade, e dois palmos de bela cara não te vão salvar de todos os obstáculos da vida.
E se me perguntares a minha honesta opinião, digo-te de seguida a tua palavra:

Deserto.

Um deserto de amor, de simpatia, de amor por todos, de respeito, de dignidade, és um deserto de tudo o que é bom, uma selva de tudo o que possas odiar.

E julgas que não cais mas, amor, já caíste.
Em tempos quis fazer de ti minha noiva, no meu pensamento agora só resta a apatia.

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