quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Another One Hundred Typed Out Stuff


Serão estas luzes para mim?
No meio desta confusão apocalíptica que é o caminho, encontro-me guiado pela luz cada vez menor dos candeeiros de rua. E no entanto são mais que suficientes, a eles devo a esperança de sobreviver ao caminho.
Não tenho nada senão histórias a contar. Cantigas e modestos relatos das terras que fazem o mundo, e procuro o caminho por toda esta abandonada cidade.
Tenho metade da tua carta rasgada entre os meus deds, as minhas mãos tem a sua pele gasta, e as cicatrizes de todas as memórias que foram deixadas para trás.
Caminho pela mesma avenida, aquela pela qual caminhei antes de deixar de acreditar, todos os momentos antes de aprender a sofrer, e por vezes é dificil demais dar o passo em frente mas, na ponta dos meus dedos estão todas as músicas da minha vida.
Músicas, letras, ritmos e percussão, a bateria de 30 peças é o meu coração que bate e quebra o silêncio da chuva, o ritmo da guitarra, é o grito de liberdade de estar a andar sozinho no mundo, e o aocmpanhamento do baixo é cada passo decidido e apaixonado que dou em frente.
E que caia este granizo, pois cerro o meu punho com força e não abandono a minha caminhada. Todas as dores, todos os remorsos são momentos nas asas do vento, a felicidade aguarda-me do outro lado da cortina de água.
Tenho meio coração desde que a manhã começou mas, nos meus ossos tenho os desejos de horizontes, e cada passo é díficil, preces quebradas e torcidas mas, incompleto não sobrevivo.
Levo coração de cientista e sei que ainda vivo, as botas de velho viajante levam-me mais uns quilómetros, e tenho uma foto de casa dentro do casaco mas, casa é do outro lado do mundo.
Não sei o que procuro, nems ei o que quero. O meu corpo é um mapa de erros e contos, e levo no espírito as histórias do mundo que irei contar, a tudo o que estiver do outro lado da chuva.
Metade das minhas palavras estão debaixo da luz, metade da minha vida está afogada ams, não é na tempestade do momento que eu desapareço.
Sou caminhante, e contador de histórias. O mundo é a minha casa, e a ele dou o testemunho da beleza que a vida é.
Tenho uma febre no coração, uma febre de viver, tenta matar-me com granizo, apatia e neve, eu hei-de sobreviver

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