quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

For Allison

Ali,

Escrevo-te esta carta no meu quarto, escondido do mundo, vivendo o passado.
Allison disseste-me naquela noite no bar que te ias embora, e mal disseste essas palavras senti-me perdido.
Senti que o mundo estava a ruir à minha volta, sentia que o único apoio que me seguravam sobre este mundo se estavam a desabar, senti que a minha vida entrava no caminho que há muito os meus amigos disseram que eu tinha traçado.
E tinhas razão em tudo o que disseste, não sou bom para ti. Eu sou um túmulo de onde não há saída, Ali, mas eu amo-te. Mesmo tendo cometido erros no passado, mesmo ido por caminhos que nunca desejei e nunca ter tentado sair deles, deixando-me destruir lentamente à frente dos teus olhos, prometo-te que não se vai repetir.
Sei que não é a primeira vez que te prometo isto, sei que já quebrei a tua confiança anteriormente. E Allison, só consigo imaginar o quanto sofreste durante aqueles meses todos, aqueles anos em que fui um fardo e não alguém digno de ti.
E não tenho grandes posses na minha vida senão o meu amor por ti, todos dizem que desapareceste mas, sei que ainda há uma chance, pois como dizes "onde há uma vontade, há um caminho".
E lembro-me também de outras palavras que me disseste naquela noite, lembro-me de dizeres que eu podia ir ter contigo se largasse a droga, se deixasse de passar os dias meio-morto.
Ali consegui, deixei. Porque por ti não há sacríficio demasiado grande. neste momento estou demasiado nervoso para escrever, a pensar que vou ver-te de novo, que podemos voltar a estar juntos.
Não consigo, tenho que parar de pensar, escrevo-te de novo no caminho.


-Stephen

P.S- Vendi a minha guitarra para comprar um motor novo para a moto

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