quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Mais Uma Página Solta
Neste estado profundo de melancolia provocada pelo tempo ou por simples estado espírito, encontro refúgio na escrita.
Mais uma vez deparo-me com um final de uma estrada, a mesma estrada que tantos que conheço abandonam, começa tudo com os meus cinco anos, e onze anos depois, continua a doer o mesmo, a ser a mesma sensação de solidão de quem mais confiamos, a mesma desolação, e não-conformidade com os factos à nossa frente.
Posso estar a ser subjectivo, ou relativo mas, de momento não me importo com a escrita, com a métrica, pois este assunto enrola-se em mim e amanha-se nas minhas veias, no meu coração, deixando-me um peso na garganta.
Mais uma partida. Sem fogo de artíficio, sem rebentar dos foguetes, sem clímax, uma simples vénia e uma leva queda da cortina sobre o palco.
E como aconteceu isto? São momentos destes que pretendo não repetir mas, a mesma amargura dança na minha boca, a mesma sensação de incapacidade.
Irmãos desde os 10, e no entanto percorremos caminhos diferentes, sem a coragem do que foram melhores amigos, admitirem que acabou, sem a tua palavra, sem a tua despedida, sou o único que pensa no fim? Já não faço parte do teu mundo.
E que é suposto fazer agora? Deixar-te abandonado num canto da memória? Conformar-me e avançar? Esquecer os anos, as lágrimas e os sorrisos, porque crescemos?
O nosso fim chegou, tu nem ligaste, eu conformei-me
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