domingo, 24 de fevereiro de 2008

The Only Moment We Were Alone


As persianas levemente abertas, os raios de luz dos candeeiros de rua diminutos que entram pelo quarto, iluminando a parede azul.
O som dos carros na rua, passando por poças de água e a chuva que não pára de cair, os lençõis dobrados e enrugados espalahdos pelo quarto.
Enquanto dorme todo o bairro, encontro a vida pelo silêncio, pelo simples olhar, pelo simples toque.
E o mundo parou, pára pelo meos hoje, pelo menos para nós, temos esse direito, não nos podemos dar ao direito de quebrar este momento, assim foi o destino que o quis, temos que aceitar quem somos, como somos, neste momento.
Sorris, e eu também, passo a mão pelo teu pescoço e lembro-me de cada detalhe para nunca mais esquecer, apenas preciso de pensar em ti, para me alegrar. E cá estou eu solto, verdadeiro, sem anda a temer, sem nada a esconder.
E deitado no chão, deitado contra o soalho frio, sinto o bater do meu coração, sinto a verdadeira sensação, o verdadeiro momento, o simples sabor da vida, contigo ao meu lado.
E não preciso de palavras para expressar o momento, não preciso de pensamentos para justificar acções, tudo o que acontece aconetcue, estava planeado e assim foi, e assim se repete, e assim fica, uma mais memória vivida, que perdura na memória, onde poderei sempre encontrá-la.

E mantenho-me quieto, e manténs-te quieta, por um segundo somos importantes, por um segundo o mundo fica do outro lado da janela.

O silêncio. Como é bonito. Recito-te a melhor poesia quando estamos calados.

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