Leio as minhas palavras antigas e suspiro, passei demasiado tempo fechado em poesia adolescente e em sentimentos de ambição e procura, o talento que não parecia verter, a minha própria auto-psicografia.
No entanto olhando o sol de verão e o mar que envolve as rochas sei que não preciso de nada disso, já chega de querer, é preciso viver.
Olho para as palavras gastas, as canetas usadas, e as letras repetidas, e se pudesse lançava tudo ao vento, pois chegou a altura de tirar as correntes do meu coração e alma, está na altura de sair dos recantos escuros da minha mente, e acender uma vela, abrir uma janela e deixar o dia entrar.
Não fui feito para estar fechado em casa, nem para viver preso a um quarto e a um computador, a sentimentos e a almas torturadas.
A eterna procura pela minha felicidade não acabou, ainda está no ínicio mas, percebo agora que não está em pensar nela mas, em vivê-la, viver os amigos, os copos que embatem num brinde, as conversas a meio da noite, os mergulhos na noite com o riso de quem de mim gosta, o riso de uma piada, um encontro de amigos que há muito não se vêem, uma corrida na praia, uma passagem nas ondas, uma viagem na estrada.
Acabou o tempo para pensar, agora é hora de sorrir, sempre fui uma pessoa para se sentir bem, do que suportar a dor, não faz sentido.
Caminho agora na rua, e ouço os pássaros chilrear, há pessoas presas aos seus fantasmas e problemas, na verdade, é tudo tão simples, respirar fundo e dar um passo em frente é tudo o que preciso fazer.
Ainda tenho muito a crescer, no entanto se pensar menos nisso, acredito ser mais feliz.
Ninguém vai soltar o mal em mim, mesmo que tente.
domingo, 20 de julho de 2008
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