quarta-feira, 26 de novembro de 2008

?!?

Not knowing where to go
I don't look so worried
The road is irght in front of me
I just need to take a stept at a time

I have no faith In God
or other deities
I believe in the will of my feet
On my soul, and bad luck charm

People stare as me as If I were weird
strange and a misfit
But I can look at myself
They should too look at themselves

I am wandering In life
Daydreaming and barely scrapping by
But I'm drunk on cocktails and dreams
And taht's all I need to slip through

Put me in shame
or on my knees~I'll be in the same place
Words can't break me
And my smile won't fade

And I keep going
not knowing where to
There's not a house
I can call a home
And so I can just walk

I smile to the
innocent children
And wave at the flower lady
Life always has two ways
I won't be the one
to end with dreams unfulfilled

I don't write words
of passions, or acts
of fate
I'm just a dancer
sometimes a juggler
Gambling my life away
At every move I make

And I keep walking
You still accuse me
And I just keep walking
Someday You'll miss me
And I'll just keep walking


The sad feeling of losing even the enemies you used to joke about.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Late Night Tales

Ressoa a harmónica e o teclado groove, enquanto aplico tinta neste papel e é nesse momento que o Jazz se liga a mim, o ritmo primitivo encontra direcção, e à minha volta cedem as paredes e surgem as memórias de Mr. Swahili.
Sua postura descontraída mirando a água iluminada, os olhos fortes penetrando da penumbra e fixando-se em mim, e no meu companheiro de viagem, a sua voz acerca-se de nossos ouvidos.
Erguendo-se, vêem-se na sua cara a real história da terra, a terra a que chama de lar, pois ao contrário de mim, sabe quem é, mesmo que nunca tenha procurado saber.
Na sua boca dançam as palavras dificilmente traduzíveis para dialectos que eu percebo, e inicia-se uma história.
Nascem as memórias que nunca tive, e por momentos sinto que realmente agarrei o sentimento, entrei nessa época, senti em mim os sentimentos de sofrimento dos seus antepassados, as coleiras de metal raspando a pele em carne, o sol queimando os ombros, sinto crescer em mim o orgulho das suas conquistas, através do sangue, lágrimas e esforço de milhares, no caminho que percorreram.
A viagem ao novo mundo, as correntes do coração queimam mais que as de ferro, a saudade que aperta um coração que pertence a outra terra.
E é nestas palavras embalado que desejo ser diferente dos meus próprios antepassados, quero fazer parte apenas deste mundo, um mundo pobre mas, real.
No entanto, sinto-me separado por uma muralha, a de desconhecido, esteriotipizado turista, mas não me deixo afectar pois desejo conhecer as histórias deste povo, as canções e as suas memórias, quero receber nas minhas mãos desejosas, a herança desta terra e criar em mim uma ponte a este mundo.
Pois ao longo deste meu caminho de erros e delitos, queimei pontes com partes do passado e isolei-me numa ilha seca, a sua areia de cinzas, isolei-me de quem fui.
Quero preservar esta memória, quero captar quem sou neste momento, e fazer disso pendente, que me reflicta assim no espelho, e me lembre de que agora sou uma pessoa melhor.
Espero que a melodia desta noite que perdura em mim, não acabe.

The Heart Beats For The Mountain

Atravessa o jipe a terra batida, oferecem resistência as rodas ao chão e conturbada viagem pelo caminho aberto, levando a poeira ao céu.
Milhares de kilometros separam-me do local a que chamo casa mas, neste momento estas montanhas e vastos planaltos são o mais perto que tenho de um sítio que podia chamar de lar.
Passo +pr velhas casas, e povoações isoladas, ouço o som do bater do coração da terra, e nas pessoas vejo a alma de África transparecer.
Os homens aqui não são homens mas, rocha, erva e ar, moldados com a alma da terra, enraízados neste continente, berço da vida humana.
As suas palavras não são língua, são a consciência, a expressão natural da alma, e mesmo não conseguindo comunicar, sinto a sua sinceridade, a essência de um povo, de um continente, sentido nas palavras que não encontro em lado nenhum, as palavras largam termos e tornam-se conceitos, presos em união com o solo por baixo de nós.
E é neste canto do mundo que descubro a simplicidade que nega em mim a complexidade de um ser social, apelidado por outros como normal.
Estou livre de ligações degeneradas e sorrisos decrépitos e cínicos, sinto-me solto do peso do fardo que se entrenha no corpo e envenena a minha consciência.
E vendo a genuinidade num simples sorriso, a alegria num olhar, vendo a verdade nua e sem muralhas envolvendo, sei que o que aqui vejo é real, as estruturas que erguem a minha máscara já ruiram, e nada me resta sem ser eu.
E apoio-me no capot do jipe e vejo a estrada que se estende interminavelmente no horizonte, e abaixo de mim, batem os frenéticos tambores de África, e o ar trazendo a melodia da herança e legado, o ritmo da natureza, finalmente sinto-me em paz.
Olho para tudo e aceito este mundo, os meus braços não se fecham em defesa desta vez, as minhas mãos não se cerram em oposição e deixam o ar deslizar, o mundo tem um caminho directo para o meu coração.
Neste canto do mundo finalmente, começo a descobrir quem sou.

Carta #15 #41

Estou cansado e dorido mas, vivo e com um sorriso, um cansaço que não desaparece mas uma alegria que não perece.
Nunca estarás sozinha, quando penso que todos me querem ver longe de ti e que me és doença apetece-me rir, porque és divina providência.
Esta noite é longa, e o sono parece não se abater mas, sinto a sombra do manto cinzento de Morfeu abater-se sobremim, enquanto tento acabar esta carta.
Mas, de que servem as palavras para te descrever, se um beijo em sinal de respeito, um abraço ou cócegas lembram que não te consigo abandonar, porquê descrever porque és importante, quando amigos e desconhecidos, à muito pediram para esquecer.
A nossa amizade confunde muita gente. Que assim o seja, só quando te deixar de fazer feliz, é que vou ouvir, desistir.
Porque a ti prometi mais do que amizade ou cumplicidade, mais que abraços e lágrimas, mais do que brincadeiras e asneiras.
A ti prometi um sorriso, e a ti prometicuidar, e acima de tudo prometi uma eternidade de amizade.
Porque ser teu amigo é o meu único pedido, único desejo, enquanto descanso a ver-te sorrir.
Dormes feliz, e amanhã ver-te-ei ao acordar, sorte minha, minha honra que demorei a alcançar,


Com amizade

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Pensa, pensa pássaro de corda

Percorro a estrada, de cabeça em frente e deixando o sol quente ainda presente das réstias do Verão, neste nosso Novembro, as minhas mãos brincando com uma moeda nos bolsos, e o passo leve, quase que sem levantando peso do ser.
Por vezes deixamos os sentimentos consumir-nos, embrenhados na nossa triste condição humana, enrolados sempre num novelo que nunca desprendemos.
Caímos, caímos numa espiral de preocupaçãp, de medo, e de ira, fortalecemos os laços e agarramo-nos ao que já ruíu, e é aí no fundo, que perdemos consciência, não a nossa mas, a consciência da nossa vida, pois se por um momento dermos um passo atrás, veremos que só dentro de nós existem estes nós, e estas cordas que enrolamos à volta dos nossos pescoços.
O mundo segue em frente, nós também, por pior que sejam as situações, há sempre uma solução, o mundo continua a rodar, e nós, nós temos que acompanhar o passo.
E portanto não nos devemos preocupar, não por irresponsabilidade mas, porque é irrelevante, não vale a pena suster a respiração e quebrar frente às adversidades, quer queiramos, quer não, tem tudo um fim, e nós, nós continuamos vivos, sempre vivos no fim.


E caminho assim, desfeito dos meus preceitos, apercebo-me que na realidade, ninguém me conhece, ninguém realmente sabe o que penso ou o que sinto, que dores tenho ou não, e não me importo, porque eu sei quem sou.
Sou feliz na minha incompreensão, todos podem ver-me de uma forma ou outra mas, na realidade, ninguém me comnheçe, sim, tenho amigos, mas na verdade ninguem sabe quem eu sou.
Despreocupado nas minhas andanças por este mundo fora, chegarei ao fim, como daqui parti, como sendo eu mesmo, e poderão tentar saber, perceber, ou comentar sobre a minha natureza mas, quem eu sou? Não sei mas, não conheço quem o saiba.
E portanto aproveito o sol, porque o importante não está no conhecimento, está assim em sentir que em mim ainda à uma parte que é feliz, porque na simplicidade se encontra a verdade, e assim, vivo.

It's a wonder to be alive.

Blue Melody

Como o gotejar de uma torneira, as melodias reluzem com cada gota, o seu brilho reflectido no luar que atravessa a janela, as melodias que invadem e que aos poucos se difundem por cada centímetro do meu corpo.
Uma fina conexão de notas que atravessa ruas solitárias, e treme perante a brisa da noite de Inverno, e que no entanto se propaga, alimentando-se de cada pequena luz do céu distante.
Com cada suspiro absorvo o eco dessa melodia, o meu corpo revibra, cada local obscuro do meu ser, num lugar que transcende a minha existência carnal, que lança amarras aos sonhos, e que desponta o meu imaginário, como pequenos fios, tecendo um caminho, uma ponte que junta e une todas as realidades do meu ser.
Descansando o meu corpo cansado numa velha cadeira, deixo a escuridão do quarto me envolver, apenas permitindo que a luz dos candeeiros da rua me beije as faces de momento em momento.
Ao fundo, num lugar não designado, a música surge, pelas ranhuras da porta, pelas brechas da janela, e enamora os meus ouvidos, e aí o ciclo se reepete.
Abdico dos meus olhos para largar o real, deixo o cansaço embebedar a minha mente de porções de sonho e aí cada pequeno compasso, cada história na palavra da melodia, banhado por momentos de pura magia me lava, e assim torna a minha consciência, em algo muito distante de mim, em algo que já não me prende, uma realidade trancada, algures em mim.
E aí deixo-me apenas flutuar, ao som das ondas, do som que me invade, e de olhos fechados e de consciência de eu livre, posso ser tudo, tudo o que neste mundo não sou, as luzes nocturnas e o sonho que me agarra sorrateiramente no meu mais profundo momento de cansaço. E é então que de novo nasci, num mundo diferente, sem lógica, ou emoção inerente, uma valsa nocturna, marcada pelo som, e pelo surreal.
E quando por fim me desprender deste mundo, quando por fim me entregar por completo à noite, deixarei a melodia levar-me, e abrirei os portões do reino de Morfeu.
A melodia, essa, aqui permanecerá muito depois de me entregar, continuará a percorrer as ruas, e os mares, e de novo, na escuridão aparecerá, e levará tantos outros a reinos distantes, que só a noite lhes trará.